Se tudo correr bem, em
setembro de 2014, estarão concluídas as obras do futuro anel viário Luís
Antônio Veiga Mesquita, que ampliará a capacidade de tráfego no Polo Industrial
de Cubatão, atendendo a uma reivindicação do Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo (Ciesp), que vinha sendo feita há mais de dez anos. Iniciadas ao
final de 2012, as obras incluem a implantação de terceiras faixas nos dois
sentidos da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, do km 270, no entroncamento com a
Via Anchieta, até o km 262, no Polo Industrial de Cubatão.
Com isso, a expectativa
que fica é que tenham fim os congestionamentos diários que ocorrem no trecho
entre o km 55 e o km 57 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega no sentido da Via
Anchieta, onde se junta o tráfego procedente do Planalto paulista com aquele
procedente do Polo Industrial de Cubatão com destino ao Porto de Santos. Neste
local, acidentes ocorrem com frequência.
Ainda dentro do plano de
obras, está prevista a remodelação do Trevo de Cubatão com a construção do anel
viário que vai interligar as rodovias Anchieta, Cônego Domênico Rangoni e Padre
Manoel da Nóbrega, principais rotas de acesso dos caminhões que se dirigem ao
Polo Industrial e ao Porto de Santos.
É de lembrar que também
estão em fase de conclusão obras para a implantação de uma faixa adicional na
Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, interligada à Rodovia dos Imigrantes. Sua
conclusão está igualmente prevista para setembro. A par disso, está ainda em
execução a remodelação do trevo de entroncamento da Rodovia Padre Manoel da
Nóbrega (km 248) com a BR-101, em Santos, cujo prazo de conclusão é novembro.
Com o término de todas
essas obras pela Ecovias, que, diga-se de passagem, tem seguido rigorosamente o
cronograma anunciado em 2012, a expectativa é que haja um alívio no tráfego de
veículos em direção ao Porto, extremamente intenso nesta época de escoamento das
safras de açúcar, soja e suco de laranja, com a redução do número de acidentes.
Obviamente, essas obras
não deverão continuar a oferecer o projetado alívio ao tráfego por muito tempo,
se não houver uma descentralização no escoamento das safras, especialmente a de
soja, do Centro-Oeste, a mais importante do País. Ou seja, em vez de procurar
os portos de Santos-SP, Paranaguá-PR e Rio Grande-RS., os produtores precisam
ter condições de transportar a soja pela BR-163, que liga Cuiabá-MT a
Santarém-PA.
Para tanto, o governo
federal precisa urgentemente concluir a pavimentação de toda essa estrada, pois
isso vai representar ganhos de frete, tempo e eficiência de transporte, com
menos riscos de acidentes. Hoje, atravessar essa parte da BR-163 constitui uma
aventura, pois não são poucos os buracos capazes de engolir até o pneu de um
caminhão. Sem contar os riscos de derrapagem ou de ficar atolado no meio do
caminho nesta época de chuvas que na região vai até julho. Mauro Dias – Brasil
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Mauro
Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística
Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e
Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp). E-mail: fiorde@fiorde.com.br Site: www.fiorde.com.br
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