Hábeis fabricantes de mentiras e disciplinados
a exortar o ódio desde o assassinato de Victor Diatta, o fundador do Movimento
das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC), em 1947, os governos senegaleses
continuam a institucionalizar políticas de violência e de repressão brutal e
sangrenta através de detenções arbitrárias, espancamento, actos de tortura, violações,
execuções extrajudiciais e o desaparecimento forçado de casamanseses.
Por detrás dos capachos que são as entidades
como o BMS, a polícia, o exército e o seu instrumento de propaganda a DIRPA, a máquina
de matar e de doutrinação faz os seus estragos temivelmente e impunemente na
Casamansa.
Felizmente, a elite vacinada contra as
informações sistematicamente falsificadas desceram do seu pedestal para dizer “Stop Senegal!”.
Esta palavra de ordem estende-se mesmo para
lá dos casamanseses e exalta os intelectuais de todas as nações democráticas
partidários dos direitos humanos e da justiça.
De todos os lados e com todas as forças, nós
temos o direito de repugnar os traidores azedados dum poder doente da sua
arrogância e do seu despropósito.
A preocupação das contínuas violações dos
direitos humanos cometidos pelas autoridades senegalesas contra o povo da
Casamansa não torna a tarefa fácil ao embaixador Mark Boulware, conselheiro
americano para a Casamansa. Ele sabe-o, fazer a paz nestas condições é irrealista
e inaceitável.
O único remédio que me vem à mente, é de exigir
directamente ao presidente Obama, ao seu mandatário, ou ao Congresso norte-americano
de preocupar-se mais sobre a situação dos direitos humanos na Casamansa e da
exploração ilegal das riquezas mineiras e piscícolas pelo Senegal e empresas
estrangeiras, propondo um projecto de resolução ao Conselho de Segurança da
ONU, para introduzir um mecanismo de fiscalização dos direitos humanos no âmbito
da Missão das Nações Unidas.
Caso contrário, as torturas até à morte de
honestos cidadãos casamanseses, como foi o caso de Abdou Bodian no passado
Domingo, 23 de Março de 2014, continuarão sem justiça e o espectro de uma
limpeza étnica ou simplesmente um genocídio seguir-se-á. Bintou Diallo - Casamansa
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