Lisboa
é hoje uma cidade onde ancoram diariamente cruzeiros trazendo milhares de
turistas de todas as partes do mundo. O Terreiro do Paço, uma praça construída
após o terramoto de 1755, com os seus 36 mil metros quadrados, é uma das mais
imponentes da Europa e porta de entrada na Lisboa pombalina, para os turistas
que acabam de desembarcar dos cruzeiros, para passarem um dia na capital mais
antiga deste velho continente.
Nestes
últimos dias, todos aqueles que entram nesta bela praça pelo lado do rio,
esbarram num mamarracho, composto por três panos brancos em forma de pirâmide,
que não ocultam uma estrutura metálica de andaimes a que pomposamente chamam de
árvore de natal. Mais grave é que este mamarracho, encobre, da parte nascente
do terreiro, o belo Arco da Rua Augusta, que qualquer turista, deseja
fotografar, dos mais diversos ângulos e se possível captando um carro eléctrico
dos antigos, embora muitos dos modelos que outrora circulavam pelas colinas
lisboetas, tenham desaparecido.
Infelizmente
o património arquitectónico português, tem sido desprezado pelos governantes,
nos seus diversos patamares de governação, esquecendo-se que ele representa a
história de um povo, é um legado das gerações que contribuíram para construir um país
e que no fundo, ajudam através do turismo, a criar receitas para o bem-estar da
população.
O
que neste momento interessa realçar é que os políticos eleitos democraticamente
por um período transitório de tempo, devem exercer as suas funções, gerindo
melhor possível o bem público, como se estivessem a governar a sua própria
casa, não gastando de qualquer forma o dinheiro que não lhes pertence. No acto
da inauguração deste mamarracho, o responsável pela obra, a uma pergunta dum
jornalista, sentiu-se incomodado e respondeu, no fundo assumindo a sua
responsabilidade, que os governantes anteriores tinham gasto ainda mais
dinheiro. Uma bela justificação para se continuar a esbanjar o erário público! Baía da Lusofonia
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