Há alguns anos alguém
abriu um negócio comercial na cidade de Lisboa e teve sucesso. Esse negócio foi
uma “Croissanterie” que rapidamente
obteve tanto êxito que começaram, um pouco por todo o lado, a aparecem novas
lojas, com uma proliferação tal, que a dado momento em cada esquina havia uma
loja deste negócio. Evidentemente, passados uns meses, começaram todas as
fechar, havendo quem perdesse dinheiro, emprego e ficasse com dívidas.
Esta história faz-me
ver com preocupação, num tempo de crise, a abertura de três negócios, que não
vou enumerar, que estão nesta altura de momentos difíceis, aparecer também um
pouco por todo o lado. São investimentos que são feitos, talvez um pouco por
desespero, lembrando o cerco a Lisboa, em que os sitiados, num rasgo de
sobrevivência, lançaram os pães das muralhas do castelo, para alimentar as
tropas castelhanas que os cercavam. Estes, ao verem tanta generosidade,
pensaram que os cercados estavam bem alimentados, levantaram o cerco e foram-se
embora.
O Lançamento dos pães no cerco a Lisboa, um
dos momentos da nossa história, é hoje posto em causa, mas o que nós assistimos
no quotidiano, é passados seis meses a maioria destes negócios fecham, com
situações piores que no início da aventura. Será que as pessoas não percebem,
que há negócios que apenas florescem em tempos de fartura e quando esse período
passa, não há nada que os faça resistir, por não serem de primeira necessidade?
Será que as pessoas não conseguem compreender o tempo que vivemos, onde o
dinheiro escasseia? Baía da Lusofonia
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