Viveram em mundos distantes, perto nos seus
ideais, escolheram o mesmo dia para nos deixarem. Ambos nasceram num dia de
Dezembro, Óscar a 15, Joaquim a 12, ambos foram arquitectos da vida que
escolheram, Óscar foi um dos nomes que mais influenciaram a arquitectura
moderna, Joaquim foi um prestigiado encenador que dedicou toda a sua vida ao
teatro, sendo o seu nome ligado ao movimento de renovação do teatro português.
Óscar Niemeyer foi um nome que sempre me
despertou interesse, em virtude de ter um tio arquitecto que o admirava e fui
acompanhando com contemplação a sua obra. Há alguns anos o seu nome foi falado
para projectar uma nova capital para Angola, mas se foi uma intenção, pena não se
ter concretizado.
Joaquim Benite, conheci-o na minha terra
natal, era eu um miúdo e dava ele os primeiros passos como jornalista de um
jornal local. Alguns anos mais tarde assisti à minha primeira peça de teatro
para adultos, numa noite ao ar livre em Queluz, onde o Joaquim Benite levou à
cena uma peça do reportório do Grupo de Campolide.
Estas são as minhas memórias, que num raio
dia do início de Dezembro, vejo partir duas pessoas que acompanhei toda a vida.
Baía da Lusofonia
Em
memória de Óscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares (15.12.1907 – 05.12.2012)
Em
memória de Joaquim Benite (12.12.1943 – 05.12.2012)
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