Baía
da Lusofonia apresenta uma entrevista dada por John James Chairman da JD
James&Co ao programa televisivo norte-americano Focus Washington, sobre a
Guiné Equatorial, país que tem fronteira marítima com o país lusófono de São
Tomé e Príncipe, já introduziu o português como terceira língua oficial, é um país
com o estatuto de observador da CPLP e pretende realizar no ano de 2013
eleições gerais.
-Chuck Conconi: Bem-vindo
ao FOCUS WASHINGTON. O meu nome é
Chuck Conconi e o meu convidado de hoje é John James, fundador e Chairman da JD JAMES&Co, consultor de empresas
privadas para a África Central há mais de 10 anos.
John,
muito obrigado por ter aceitado o nosso convite e por estar aqui presente no FOCUS WASHINGTON.
-John James: É para
mim um prazer poder estar aqui consigo Chuck. Muito obrigado.
-CC: Gostava de falar um
pouco consigo sobre a Guiné Equatorial. O que é que o governo local está a fazer
para tornar o investimento mais atractivo?
-JJ: Bem, a Guiné
Equatorial é de momento, provavelmente, uma das histórias mais dinâmicas em
África e seguramente na África Central. Nos últimos 15/20 anos eles tiveram uma
evolução tremenda na produção de petróleo e o processo de converter isto em
desenvolvimento foi uma tarefa em que eles estiveram totalmente focados e
empenhados.
-CC: Quanto à burocracia,
como é, em termos práticos, fazer negócios na Guiné Equatorial?
-JJ: É interessante como
num pequeno país é possível ter muito mais flexibilidade do que seria possível
encontrar em muitos outros locais. E como o governo está tão focado no
desenvolvimento, torna-se muito flexível e é fácil estabelecer novos negócios.
A título de exemplo, eles possuem um regime fiscal em que, à semelhança dos Estados
Unidos, uma empresa nova pode beneficiar de uma isenção de 5/10/15 anos,
consoante a área de actividade. Portanto, flexibilidade é a palavra-chave.
-CC: Sendo o
desenvolvimento crescente na Guiné Equatorial, como é que compara este país com
outros países de África, em termos de investimento?
-JJ: Como consultor ao
nível de toda a África Central, desde os Camarões até Angola, não quero
destacar nenhum país como meu favorito, mas tenho que dizer que as pessoas são
muito amistosas e o clima para negociar é muito favorável e não vislumbramos
qualquer problema com as empresas americanas, nunca tendo havido qualquer
queixa.
-CC: Que
recomendações faria às empresas americanas?
-JJ: O que recomendaria às
empresas americanas? Bem, porque estamos perante um “processo novo” em que o
desenvolvimento se estenderá ao longo de vários anos e porque eles vão necessitar
praticamente de tudo.
Precisam
de apoio técnico, treino e preparação para os seus trabalhadores locais e têm
sido muito agressivos a arranjar pessoas que os venham auxiliar, tanto na área
dos bens de consumo, recursos naturais, infraestruturas, serviços, tudo isto
está em cima da mesa em termos de oportunidades de negócio para as empresas
americanas.
-CC: Como se pode
tipificar a actual presença das empresas americanas na Guiné Equatorial, no que
concerne às características da força de trabalho?
-JJ: Por exemplo o governo
tem vindo a investir fortemente na área da educação e eu recordo que eles
começaram de uma base muito rudimentar. Por exemplo se necessitar de um
advogado especializado pode haver casos em que haja apenas um no país. Mas
trata-se de um processo em contínua evolução.
-CC: Quais são as
intenções do governo da Guiné Equatorial para melhorar as condições económicas
no país?
-JJ: Numa perspectiva a 20
anos a grande preocupação é, claramente, melhorar o nível de vida global da
população e do país. Como sabe a Guiné Equatorial tem uma área continental,
onde reside cerca de 70% da população, e tem uma ilha onde está localizada a
capital e onde está instalada uma off-shore.
A preocupação é assegurar o desenvolvimento de ambas as partes para que assim
possam beneficiar das vantagens resultantes da exploração do petróleo.
-CC: Ainda temos tempo
para uma última questão rápida sobre o sistema bancário, a moeda, repatriação,…
-JJ: Não há qualquer
problema com a repatriação nem com o que quer que seja. A Guiné Equatorial é um
membro da África francófona, a moeda é o Franco da Guiné, que está indexado ao
Euro. Portanto as transações fazem-se sem qualquer tipo de problemas em Francos,
Euros e Dólares Americanos. A maior parte das empresas é de origem americana e
temos actualmente mais de 25.000 americanos lá em actividade.
-CC: Muito obrigado.
-JJ: De nada. Foi um
prazer ter estado aqui consigo.
Focus
Washington – EU América
Tradução:
Baía da lusofonia
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