Segundo o Relatório Mundial da Malária 2012
da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a última década, os esforços
concertados dos países endémicos, doadores e parceiros globais na luta contra a
malária têm fortalecido o controlo desta doença no mundo. O alargamento das
intervenções de prevenção e controlo da malária tiveram o seu maior impacto nos
países com uma grande propagação da doença, 58% dos 1,1 milhões de vidas que
foram salvas durante a última década, aconteceram nos dez países mais afectados
com a doença.
Após uma expansão do financiamento para a
prevenção e controlo da doença entre 2004 e 2009, assistiu-se a uma
estabilização entre 2010 e 2012, que está a sinalizar uma desaceleração nas
conquistas recentes na luta contra uma das doenças mais infecciosas e mortais
em todo o mundo.
Sendo o continente africano aquele onde mais
aconteceram falecimentos causados pela malária, 103 126 em 2011, o que
corresponde a 96,5% do total mundial e superior em percentagem ao ano de 2010,
que se situava nos 96,3%, os países africanos de língua oficial portuguesa têm
comportamentos diferenciados, com Angola, 6 909 vítimas e Moçambique, 3 086, a
melhorarem substancialmente em relação a 2010, Angola a reduzir em -14,9% e
Moçambique -8%. Cabo Verde continua a ser o país africano com menor número de
vítimas mortais, 4 em 2012, no entanto superior à única vítima registada em
2010. São Tomé e Príncipe que também está entre os países com bons resultados
subiu de 14 para 19 falecimentos entre os anos de 2010 e 2011. A Guiné Bissau é
o país que está em contraciclo, ao aumentar em +59,5% as vítimas mortais de malária
(paludismo) no seu país, passando de 296 em 2010 para 472 em 2011. Por fim, a
Guiné Equatorial país que aguarda a adesão à CPLP, teve 52 casos mortais em
2011, enquanto no ano anterior tinham sido 30.
Dos países de língua oficial portuguesa fora
do continente africano, o Brasil com 70 vítimas em 2011 melhorou face a 2010,
onde tinham ocorrido 76, mas a corresponder a 61,9% dos casos no continente
americano, Timor Leste reduziu substancialmente de 58 falecimentos em 2010 para
16 em 2011, o que equivale a uma quebra de -72,4%. Baía da Lusofonia
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