“Estamos a viver mais um 1º de Dezembro, o
dia em que se afirmou a vontade de independência nacional e os portugueses
disseram “Nós somos livres e o nosso Rei é livre”. Para nós, o 1º de Dezembro
aconteceu uma vez e o 1º de Dezembro acontecerá sempre. Mas hoje, vivemos um 1º
de Dezembro diferente. Cada vez mais portugueses enfrentam a angústia de não
saber como cumprir os seus compromissos financeiros, e mesmo como irão pagar as
despesas básicas das suas famílias. A todos eles, quero manifestar a minha
solidariedade.
Hoje, atingimos aquele limite em que Portugal
tem uma economia em recessão e se esgotou a capacidade do Estado se financiar.
Os sucessivos aumentos de impostos já não contribuem significativamente para
aumentar a receita do Estado, porque as famílias e as empresas já não conseguem
o suficiente para os comportar.
Hoje, tal como em 1640, mas devido à
irresponsabilidade de alguns governantes da III República, a nossa política
depende da vontade de estrangeiros. A população tem dado provas de grande
civismo. Por isso, a todos os que se manifestam de forma cívica em favor de um
Portugal mais justo e mais independente, quero manifestar o meu apoio.
Na crise presente, é justo que peçamos contas
a quem nos colocou nesta situação de pré-falência e que se tentem recuperar fundos
fraudulentamente desviados. Apoio os que pedem a criminalização por actos
públicos de gestão danosa.
O princípio do estado de direito democrático
é a base da nossa ordem pública. E esse princípio baseia-se na dignidade da
pessoa humana e na afirmação de que o cidadão deve estar ao serviço do Estado e
o Estado ao serviço da pessoa.
Mas, hoje, existem muitos privilegiados a
beneficiar das chamadas “gorduras de Estado”. Muitos fornecimentos,
contratações, parcerias público privadas e ajustes directos deveriam ser
reavaliados à luz do interesse público, tal como revelado por auditorias do
Tribunal de Contas. Por isso, a todos os que exigem que o Estado respeite o
direito, eu digo: a Instituição Real está convosco.
No estado democrático, os partidos políticos
têm uma missão essencial a desempenhar. Mas seria útil que as pessoas de boa
vontade se unam aqueles partidos que melhor defendam os seus ideais, para que
melhor possam servir o País.
No entanto o exercício da cidadania não se
limita à actividade partidária. São, felizmente, muitas as Associações Cívicas
que têm mobilizado as boas vontades com acções eficazes de solidariedade e
caridade. São fundamentais para um futuro melhor. Deixemo-las trabalhar, em vez
de perder tempo com críticas e insultos que nada ajudam a minorar o sofrimento
de quem delas precisa.” Duarte de
Bragança – Portugal
in “Causa Monárquica”
Sem comentários:
Enviar um comentário