Presença
do deserto
Presença
do deserto que não finda,
sem
ti o que seria, a imensidão
do
meu deserto longo, em escuridão
sem
o brilhar do sol, em luz infinda,
Que
dardejando em ti, te tornou linda
qual
borboleta esquiva em solidão
abrindo
asas frementes, ao condão
da
liturgia etérea, que não finda!
Se
por te ver chorar também eu choro...
se
é minha, a grande dor da minha dor,
e
igual à tua sorte que deploro,
Que
sejas no teu reino, sempre aquela
que
feita minha irmã, na mesma cor
segue
em destino o fim, que um amor sela…
Joana Couto – Angola
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