O Instituto Internacional de Macau apresenta amanhã o
segundo episódio do documentário “Macaenses – Uma Odisseia”. Com o contexto da
covid-19, as plataformas digitais foram o meio escolhido para a divulgação
A partir
de amanhã, o segundo episódio do documentário “Macaenses – Uma Odisseia” fica
disponível nas páginas do Instituto Internacional de Macau (IIM) das
plataformas do Facebook e Youtube. No youtube, o vídeo com legendas em
português já aparece com contagem decrescente para as 12h30. A opção por uma transmissão
online deveu-se à pandemia da covid-19. “O IIM espera, por este meio, atrair
mais visualizações do público, não só de Macau como de outras partes do mundo”,
diz em comunicado.
A
descrição do vídeo indica que até à Segunda Guerra Mundial, muitos macaenses
saíram do território por falta de trabalho e pela ausência de condições para
crescer profissionalmente. “Contudo, já tinham começado a surgir sinais dos
tempos conturbados que se seguiriam: alguns já estavam a deixar Hong Kong
devido à pressão comunista nos Portos do Tratado. E depois, com a invasão
japonesa em Hong Kong, muitos macaenses mudaram-se para Macau como refugiados”,
pode ler-se.
Da
migração macaense são destacados momentos como a abertura dos Portos do Tratado
ao comércio externo, o estabelecimento da colónia britânica de Hong Kong, a
migração que se seguiu à Segunda Guerra Mundial e as revoltas comunistas, o
período pós-70, bem como a entrega à China de Hong Kong e Macau.
Memórias fragmentadas
O
documentário foi feito com depoimentos de macaenses que vivem no América do
Norte, recolhidos pelo jornalista e investigador Joaquim Magalhães de Castro,
que percorreu várias cidades para registar a “história oral da vivência desses
emigrantes e familiares”.
Indo
de encontro a esse trabalho, o IIM começou a preparar uma série de vídeos sobre
a diáspora macaense naquela região. O objectivo da iniciativa, segundo o
organismo, é “preservar as memórias das comunidades macaenses espalhadas no
mundo, dar a conhecer às novas gerações as mudanças sociais que provocaram o
grande fluxo migratório de pessoas de Macau, as razões da sua ‘deslocação’ e
lembrar-lhes que as suas raízes ainda se encontram em Macau”.
O
projecto vai ter quatro segmentos de cerca de 30 minutos cada. Os dois
primeiros já estão concluídos e o terceiro encontra-se em vias de finalização.
O documentário está a ser produzido com base no guião da investigadora Mariana
Leitão Pereira, com montagem de António Pinto Marques. A primeira parte esteve
focada em quem viveu os tempos que se seguiram à invasão do norte da China
pelos japoneses, a retirada das famílias macaenses de Xangai, a subsequente
Guerra do Pacífico e a ocupação de Hong Kong. Salomé Fernandes – Macau in “Hoje
Macau”
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