Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Guiné-Bissau - Director executivo da Tiniguena considera ilegal exportação de 1500 contentores de madeira

Bissau – O Director Executivo da ONG Tiniguena considerou de ilegal a decisão do governo de exportar os 1500 contentores de madeiras apreendidas desde 2015.

Miguel de Barros, activista de exploração racional e sustentável do meio ambiente, que falava em conferência de imprensa disse que não foi revelado o volume financeiro, nem os investimentos sociais que serão feitas nas zonas exploradas, afirmando que são regiões onde a população faz lavoura, rituais sagrados, recolhe ervas medicinais e frutas para consumo ou fins comerciais.

Explicou que o corte “desenfreado” de madeira feita em 2012 não respeitou nenhuma lei sobre a exploração, comercialização, transporte e qualquer medida compensatória em relação a exploração dos recursos naturais.

Acrescentou que em relação à sustentabilidade, o governo não produziu nem inventário, medição de zonas e selecção de essências para a corte de madeira. “Tudo foi feito de uma forma anárquica, selvagem e criminosa”, criticou referindo-se à exploração florestal praticada anos atrás.

“É do conhecimento de todos a existência de uma moratória que proíbe cortes de espécies raras nas florestas durante cinco anos,” sublinhou, tendo solicitado à entidade responsável para apresentar documento sobre o investimento público ou regeneração que serão realizadas nas zonas exploradas.

A prosseguir com esta decisão, o governo, estaria a proteger e salvaguardar os interesses particulares dos que agrediram a floresta, usurpando os recursos das comunidades.

Explicou que esta não é a primeira vez que o governo tenta exportar a madeira apreendida, disse que as tentativas anteriores resultaram infrutíferas uma vez que os produtos foram apreendidos em Espanha, África do Sul e Vietnam, este ultimo país que, a par da China e Índia, são agora os destinos dos 1500 contentores com madeiras prontos para serem  comercializados no exterior.

Antes de ser demitido o executivo autorizou a venda ao exterior dos referidos 1500 contentores de madeira apreendidos por corte ilegal. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau

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