Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 7 de junho de 2015

Casamansa – Homenagem à resistência

Respeito e dignidade, orgulho e honra em são estes os valores que nós nunca abandonaremos na Casamansa.

Em 12 de Maio de 1886, Portugal reconheceu explicitamente e com amargura a derrota na Casamansa com estas duas palavras: Invicta Félix.

Os casamanceses manifestaram-se durante a visita de Pinet Laprade em Março de 1914 ao realizar pela primeira vez uma marcha no centro de Ziguinchor contra a França e pela independência da Casamansa.

Em dezembro de 1982 e 1983, os patriotas valorosos, filhos do povo, mobilizaram-se voluntariamente e pegaram na bandeira branca, símbolo da paz, para a içar no alto do mastro do edifício do governador de Ziguinchor, debaixo de fogo das armas das forças ocupantes senegalesas.

Estes acontecimentos recordam-nos do dever que temos de prestar a homenagem que merecem às mulheres e homens que contribuíram para o fracasso dos planos de desestabilização do nosso país, que os colonos europeus e africanos tentaram implementar.

Neste combate contra a hydra colonialista no firmamento da violência senegalesa, as mulheres e os homens da Casamansa organizaram-se e contribuíram de forma decisiva para neutralizar e derrotar os planos monstruosos para a aniquilação total pelos governantes do Senegal.

Cada momento que passamos hoje em paz, cada movimento em Casamansa, quase todas as nossas ações no nosso quotidiano ou dos nossos projetos futuros, o devemos aos nossos pais e às nossas mães, aqueles que legaram as suas vidas. Contam-se por milhares. Aqueles que sobreviveram, muitos deles feridos e com enfermidades que os deixaram inválidos e inaptos para o trabalho, estão sempre orgulhosos de poderem combater pela paz e pela liberdade.

Eles mantiveram os mesmos valores e serviram de exemplo para os jovens que os seguiram na luta pela independência. Fizeram grandes sacrifícios para este compromisso corajoso.

Respeito e dignidade, orgulho e honra em são estes os valores que nós nunca abandonaremos na Casamansa. Emile Tendeng - Casamansa

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