Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Moçambique - Cimpor investe em nova fábrica de cimentos

Cimentos. A nova unidade industrial deverá entrar em funcionamento em 2018

A nova unidade, que se vai juntar a outras cinco que a empresa já possui em Moçambique, entrará em funcionamento até 2018, com a capacidade de produção de 1,5 milhões de toneladas por ano, e vai criar 500 postos de trabalho, avançou Jorge Reis, diretor-geral da Cimentos de Moçambique, à Lusa.

Segundo a empresa, a fábrica de Nampula prevê uma produção integral de cimento, incluindo da sua principal matéria-prima, clínquer, o que permitirá reduzir as importações deste componente, num valor até cem milhões de dólares (89,5 milhões de euros) por ano, e baixar o preço final junto do consumidor.

A Cimentos de Moçambique é detida maioritariamente pela Cimpor e pela sua subsidiária na África do Sul, Natal Portland, e integra o universo do grupo Intercement, contando também com uma participação de 18% do Estado moçambicano, por via do Instituto de Gestão Empresarial de Participações do Estado, dos Caminhos de Ferro de Moçambique e da Empresa Moçambicana de Seguros (Emose).

A Intercement é o oitavo maior produtor de cimento do mundo, com presença em oito países e líder de mercado em Moçambique, Portugal, Argentina e Cabo Verde.

Em Moçambique, a empresa produz, atualmente, 3,1 milhões de toneladas de cimento por ano, numa fábrica integral na Matola, nos arredores de Maputo, além de quatro unidades de moagem, uma das quais também na Matola, outras duas em Nacala e uma no Dondo, província de Sofala, centro do país, mantendo um total de 1.200 colaboradores.

O investimento hoje anunciado soma-se a outros 100 milhões de dólares aplicados nos últimos três anos em Moçambique, um país onde, segundo Jorge Reis, "está tudo por fazer" em estradas, pontes e habitações, "e o potencial é muito grande, à semelhança de outros países emergentes".

Apoiando-se em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a empresa aposta numa economia a crescer acima dos 7% por ano e que, em 2020, poderá duplicar por conta do início da exploração do gás natural em Cabo Delgado, além do aumento da população, atualmente estimada em mais de 25 milhões de pessoas, mas que deverá subir nos próximos cinco anos para 30 milhões.

"Moçambique será um dos países mais promissores na próxima década", prevê Jorge Reis, encontrando-se no início de uma fase de consumo crescente de cimento 'per capita', um percurso já realizado por vários países, incluindo Portugal, onde as principais infraestruturas estão feitas.

Este investimento é revelado um dia depois de o grupo turco Limak Holding ter anunciado que vai investir 132 milhões de euros na construção de duas fábricas de cimento em Moçambique, com capacidade de processamento de dois milhões de toneladas por ano. In “Dinheiro Digital” - Portugal

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