Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 22 de novembro de 2014

Angola – União ferroviária com a Zâmbia e a República Democrática do Congo

Em breve uma linha férrea começará a ser construída unindo a Zâmbia, Angola e República Democrática do Congo (RD Congo), depois do acordo estabelecido entre a North Western Railway e Grindrod Lta da África do Sul ao assinarem um contrato de joint-venture no valor de mil milhões de dólares para a construção de uma linha férrea de 580 Km.

A nova linha férrea, cuja construção está prevista começar neste último trimestre de 2014, é um marco na contribuição da Zâmbia para o desenvolvimento da infraestrutura, pois permitirá o acesso aos portos angolanos dos minérios produzidos no seu país.

Construída a partir da região de Chingola, no nordeste da Zâmbia, a linha deverá servir para potenciar as regiões mineiras do país, ricas em ouro e cobre, bem como facilitar o escoamento de produtos entre os três países.

Falando na African Mining Indaba, conferência anual dedicada à exploração mineira em África, que este ano teve lugar na República Democrática do Congo, o director da North Western Railways, Enoch Kavindele, revelou que os fundos para a linha já estão alocados e que os trabalhos irão arrancar no prazo previsto.

O projecto quando estiver concluído, ligará a Zâmbia com Angola até ao porto de Jimbe. Os primeiros 290 km ligarão a região de Chingola às minas de Kansanshi, Lumwana e Kalumbila, com um custo estimado de US$ 489 milhões.

A segunda fase, que custará US$ 500 milhões, prevê a junção com o caminho férreo de Benguela e a abertura de um corredor directo até ao porto do Lobito. Desta forma, a Zâmbia poderá importar petróleo directamente de Angola ou de outras fontes próximas, ao mesmo tempo que estimulará as actividades mineiras no norte do país.

“As primeiras locomotivas estarão prontas para transportar cobre concentrado em 18 meses”, afirmou recentemente Enoch Kavindele.

Dave Rennie, o executivo-chefe da divisão de Grindrod Freight Services, considera que a finalização do projecto permitirá á sua empresa extrair sinergias dos seus investimentos existentes no corredor ferroviário Norte-Sul e nas operações portuárias em Maputo, Richards Bay e Durban.

James Holley, o executivo-chefe da divisão de Grindrod Rail, diz que a divisão tem nos últimos anos desenvolvido as suas capacidades ferroviárias e aumentado a sua capacidade de participar no crescimento do setor ferroviário de África.

A Grindrod Group of Companies tem várias subsidiárias, joint-ventures e empresas associadas em 37 países em todo o mundo com uma força de trabalho superior a sete mil trabalhadores.

A linha férrea vai aliviar ainda mais a pressão exercida sobre a infraestrutura rodoviária ao transportar cargas pesadas para as minas e outras indústrias na região. Este desgaste forçou o governo a aprovar uma lei que entrou em vigor em 01 de Novembro de 2013, que introduziu um sistema de rodovias obrigando todos os utentes a pagar uma taxa para a manutenção das estradas semelhante a situações análogas em outros estados da África Austral. Baía da Lusofonia

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