Jamais

(Escrevi este poema para os presos independentistas galegos: Que voltem a casa!!!)

Tempo de se render não

Podem prender os nossos corpos

e prendem os nossos corpos

Podem tapar as nossas bocas

e impedir que as palavras voem

e tapam as nossas bocas

Podem cobrir os nossos olhos

com seu pano de negra noite

para que desvejamos a beleza da nossa Pátria

e cobrem os nossos olhos

Podem deitar lixo nos nossos ouvidos

com suas mentiras despiedosas

e deitam lixo nos nossos ouvidos

Podem arrancar-nos os nossos herdeiros

roubar os filhos das nossas entranhas

abafar a nossa fala nas inóspitas salas

em que nos forçam a ir parir as nossas filhas

Podem inclusive espetar suas inobres facas

nos nossos galaicos amorosos corações

e furar-nos….

ate estinhar o nosso sangue

Podem, podem… podem………..

Mas nunca poderão entrar

no sagrado da nossa memória

Nunca vencerão o nosso exercito de árvores

que ergueito e Celta vive no nosso interior

Nunca queimarão o nosso bosque de ánimas

onde crescemos onde nos nutrimos

e desde onde jamais nos renderemos

jamais nos renderemos

Jamais jamais

jamais nos renderemos

Concha Rousia - Galiza