“Vieram para punir os portugueses por aquilo
que consideram ser o mau hábito de viver "acima das suas posses",
numa arrogância política que agravou consideravelmente a crise que tinham
herdado e que deu cabo da vida de centenas de milhares de pessoas, que estão,
em 2013, muitas a meio da sua vida, outras no fim, outras no princípio, sem
presente e sem futuro.
Para o conseguir, desenvolveram um discurso
de divisão dos portugueses que é um verdadeiro discurso de guerra civil,
inaceitável em democracia, cujos efeitos de envenenamento das relações entre os
portugueses permanecerão muito para além desta fátua experiência governativa.
Numa altura em que o empobrecimento favorece a inveja e o isolamento social, em
que muitos portugueses têm vergonha da vida que estão a ter, em que a perda de
sentido colectivo e patriótico leva ao salve-se quem puder, em que se colocam
novos contra velhos, empregados contra desempregados, trabalhadores do sector
privado contra os funcionários públicos, contribuintes da segurança social
contra os reformados e pensionistas, pobres contra remediados, permitir esta
divisão é um crime contra Portugal como comunidade, para a nossa Pátria. Este
discurso deixará marcas profundas e estragos que demorarão muito tempo a
recompor.” Pacheco Pereira – Portugal
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