Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Macau – Expansão do Aeroporto Internacional de Macau

O presidente da Autoridade de Aviação Civil espera que a expansão do terminal do Aeroporto Internacional de Macau possa ficar concluída nos primeiros três meses de 2016. Simon Chan acredita ainda que o aeroporto poderá beneficiar com a construção da ponte Hong Kong-MacauZhuhai já que, assim, podem atrair-se mais passageiros


Prestes a completar 20 anos, o Aeroporto Internacional de Macau (AIM) está a ser alvo de uma expansão para Norte que o presidente da Autoridade de Aviação Civil espera que fique concluída no prazo de pouco mais de três meses. “Esperamos conseguir concluir a expansão no primeiro trimestre do próximo ano. Fizemos um plano de desenvolvimento para o aeroporto para os próximos 20 anos e agora estamos a tratar de alguma burocracia, mas esperamos concluir a expansão em breve”, frisou Simon Chan à margem da cerimónia de comemoração das duas décadas da infra-estrutura.

Actualmente, o aeroporto tem capacidade para cerca de seis milhões de passageiros. Com a expansão, a Autoridade de Aviação Civil espera que o número suba para 7,4 ou 7,5 milhões, o que “não vai acontecer de um dia para o outro”, frisou o mesmo responsável, ressalvando, porém, que o número de passageiros também não aumenta repentinamente.

Simon Chan comentou ainda os potenciais efeitos para o aeroporto da construção da ponte que irá ligar as duas Regiões Administrativas Especiais a Zhuhai.

“Falando de um modo geral, para os transportes, um maior número de infra-estruturas é melhor para o mercado. A ponte será, por isso, positiva porque temos mais faixas horárias para novos voos e podemos atrair mais passageiros para outras regiões, maioritariamente turistas, mas talvez também mercadorias”, sublinhou Simon Chan.

Como exemplo dos benefícios que a nova infra-estrutura poderá representar o responsável apontou o facto de potenciar a deslocação de visitantes que depois podem utilizar o aeroporto de Macau para chegar a outros destinos. “Temos nove voos para a Tailândia, para Banguecoque, mas nem a população de Macau ou da Tailândia seria suficiente para manter todos em funcionamento. De onde vêm, então, os passageiros? Das zonas que estão à volta, por isso, qualquer facilitação às deslocações ajuda”.

Presente no evento comemorativo esteve também Jorge Ferreira Guimarães, actualmente assessor do Conselho de Administração da Aeroportos de Portugal e que à data da construção da infra-estrutura ocupava o cargo do director do gabinete do AIM.

O responsável recordou os “anos de grande desafio” passados a perceber “a situação de Macau” na altura e as oportunidades que havia, sobretudo após a assinatura da Declaração Conjunta entre Portugal e a China. “A partir daí foi possível, tecnicamente, começar a olhar para um dos projectos estruturantes de Macau e, em colaboração com as autoridades chinesas, deu-se um trabalho para criar um sistema de aviação em Macau”.

Esse sistema ainda “está presente e continuará, com os melhoramentos que vão sendo necessários. Estamos perante uma infra-estrutura que cumpre a sua função”, afirmou.

Jorge Ferreira Guimarães recordou ainda os obstáculos ultrapassados na concretização deste projecto, em particular o facto do espaço aéreo do território ser chinês. “Tínhamos que criar uma organização que, por um lado, acomodasse as exigências que Hong Kong e a China faziam. A outra questão eram os direitos de tráfego aéreo porque, na altura, Macau era um território chinês sob administração portuguesa. Isto tudo mostra a delicadeza de encontrar um sistema” que até agora se manteve. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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