O
presidente da Autoridade de Aviação Civil espera que a expansão do terminal do
Aeroporto Internacional de Macau possa ficar concluída nos primeiros três meses
de 2016. Simon Chan acredita ainda que o aeroporto poderá beneficiar com a
construção da ponte Hong Kong-MacauZhuhai já que, assim, podem atrair-se mais
passageiros
Prestes a completar 20 anos, o
Aeroporto Internacional de Macau (AIM) está a ser alvo de uma expansão para
Norte que o presidente da Autoridade de Aviação Civil espera que fique
concluída no prazo de pouco mais de três meses. “Esperamos conseguir concluir a
expansão no primeiro trimestre do próximo ano. Fizemos um plano de
desenvolvimento para o aeroporto para os próximos 20 anos e agora estamos a tratar
de alguma burocracia, mas esperamos concluir a expansão em breve”, frisou Simon
Chan à margem da cerimónia de comemoração das duas décadas da infra-estrutura.
Actualmente, o aeroporto tem
capacidade para cerca de seis milhões de passageiros. Com a expansão, a
Autoridade de Aviação Civil espera que o número suba para 7,4 ou 7,5 milhões, o
que “não vai acontecer de um dia para o outro”, frisou o mesmo responsável,
ressalvando, porém, que o número de passageiros também não aumenta repentinamente.
Simon Chan comentou ainda os
potenciais efeitos para o aeroporto da construção da ponte que irá ligar as duas
Regiões Administrativas Especiais a Zhuhai.
“Falando de um modo geral,
para os transportes, um maior número de infra-estruturas é melhor para o mercado.
A ponte será, por isso, positiva porque temos mais faixas horárias para novos
voos e podemos atrair mais passageiros para outras regiões, maioritariamente
turistas, mas talvez também mercadorias”, sublinhou Simon Chan.
Como exemplo dos benefícios
que a nova infra-estrutura poderá representar o responsável apontou o facto de
potenciar a deslocação de visitantes que depois podem utilizar o aeroporto de
Macau para chegar a outros destinos. “Temos nove voos para a Tailândia, para
Banguecoque, mas nem a população de Macau ou da Tailândia seria suficiente para
manter todos em funcionamento. De onde vêm, então, os passageiros? Das zonas
que estão à volta, por isso, qualquer facilitação às deslocações ajuda”.
Presente no evento
comemorativo esteve também Jorge Ferreira Guimarães, actualmente assessor do
Conselho de Administração da Aeroportos de Portugal e que à data da construção
da infra-estrutura ocupava o cargo do director do gabinete do AIM.
O responsável recordou os
“anos de grande desafio” passados a perceber “a situação de Macau” na altura e as
oportunidades que havia, sobretudo após a assinatura da Declaração Conjunta
entre Portugal e a China. “A partir daí foi possível, tecnicamente, começar a
olhar para um dos projectos estruturantes de Macau e, em colaboração com as
autoridades chinesas, deu-se um trabalho para criar um sistema de aviação em
Macau”.
Esse sistema ainda “está
presente e continuará, com os melhoramentos que vão sendo necessários. Estamos perante
uma infra-estrutura que cumpre a sua função”, afirmou.
Jorge Ferreira Guimarães
recordou ainda os obstáculos ultrapassados na concretização deste projecto, em particular
o facto do espaço aéreo do território ser chinês. “Tínhamos que criar uma organização
que, por um lado, acomodasse as exigências que Hong Kong e a China faziam. A
outra questão eram os direitos de tráfego aéreo porque, na altura, Macau era um
território chinês sob administração portuguesa. Isto tudo mostra a delicadeza de
encontrar um sistema” que até agora se manteve. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário