As obras de construção do
Porto de Águas Profundas de Cabinda, na localidade de Caio Litoral, devem
iniciar no primeiro trimestre do ano de 2016, afirmou em Cabinda o presidente
do conselho de administração do Porto de Cabinda, Nazareth Neto.
Falando sobre os planos da
empresa para o próximo ano, Nazareth Neto referiu que a edificação do Porto de
Águas Profundas de Cabinda a partir do primeiro trimestre de 2016, em conjunto
com algumas empresas, é das mais importantes apostas. “Estão criadas as
condições para o início da construção do Porto de Águas Profundas de Cabinda,
depois de ultrapassados todos os constrangimentos vividos em 2015” confirmou.
O PCA do Porto de Cabinda,
que falava no habitual balanço anual, avançou também que para o ano de 2016 a
empresa portuária de Cabinda arranca com outras obras de destaque, como as do
quebra-mar na zona costeira de Cabinda, com o objectivo de abrandar as calemas
que assolam a região, dando melhor segurança à atracagem dos navios e às
operações de descarga e carga de mercadorias.
Do mesmo modo, foi
projectada a construção do Terminal Marítimo de Passageiros, tendo em conta o
programa nacional de transporte de cidadãos de Cabinda para outros pontos do
país, através de embarcações apropriadas, essencialmente para operar as rotas
Cabinda-Soyo-Luanda e vice-versa. O melhoramento do parque do recinto portuário
com betão armado, a construção de um pavilhão (armazém) de estrutura metálica
modular pré-fabricado e a demolição do antigo edifício onde funcionaram os
serviços aduaneiros, são igualmente projectos que, a partir do trimestre do
próximo ano, devem ter as obras iniciadas, com o fim de se dar outro alento ao
desenvolvimento da empresa portuária de Cabinda e, consequentemente, ao
crescimento da província de Cabinda.
A futura infra-estrutura
portuária, cujas características assemelham-se às dos portos de Luanda e do
Lobito, terá um calado mínimo de 12,5 metros de profundidade, suficientes para
receber navios de grande porte vindos da Nigéria, África do Sul e de outros
países do mundo, bem como embarcações ao serviço das empresas petrolíferas.
A primeira fase, avaliada em
seiscentos milhões de dólares, comporta um terminal com 675 metros de
comprimento de cais para navios de grande porte, 31 hectares de área de terreno
desenvolvido com quebra-mar, para proteger-se dos ventos e de outras
ondulações.
A via de acesso ao porto de
água profunda da província de Cabinda terá 12,5 metros, para permitir a entrada
fácil de embarcações, assim como contará com uma área de manutenção geral de
cargas e pilhas de contentores com respectivo terminal. No final dos trabalhos,
estima-se que venha a movimentar anualmente mais de 50 mil contentores, contra
os actuais 26 mil 156 de mercadoria diversa. In
“Jornal de Angola” - Angola
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