As fotos aí de cima foram tiradas
em Latakia, na Síria, nas comemorações da noite de Natal. Há muitas mais que
você pode ver no twitter de uma moça síria, Lina Arabi, aqui.
Não é outra Síria. É a Síria
de verdade, que agora nos acostumamos a ver apenas nas multidões de refugiados
e nas atrocidades do “Exército Islâmico”.
Um país multirreligioso, que
sempre soube conviver com suas diferenças e do qual temos aqui tantos
descendentes, como dos seus irmãos do Líbano, quase um povo só no nome que lhes
damos e eles, de bom grado, aceitam: sírio-libaneses.
Mas o Ocidente, para derrubar
o que chama de ditadura de Bashar Al-Assad fomentou, financiou e armou a Síria
sanguinária, tão próxima da barbárie dos fanáticos do Isis.
Mas há mais humanidade na
Síria do que imaginam os tolos, os que discriminam os muçulmanos e árabes como
fossem selvagens.
A Al Jazzera noticiou que o
Governo sírio permitiu que grupos rebeldes, entre eles muitos do “Exército
Islâmico” se retirassem do bairro de Yarmouk, nos subúrbios da capital,
Damasco, onde estavam sitiados há tempos. Deram-lhes um salvo-conduto,
extensivo às suas famílias para viajarem para onde desejarem, inclusive para as
áreas ainda controladas pelo Isis.
De Yarmouk e arredores,
certamente, saíram muitos dos refugiados que vimos nos jornais. Da população de
160 mil pessoas, restavam apenas 18 mil sob o controle do Isis e de outros
grupos.
E que, quem sabe, quando
entenderem que é preciso acabar com o fruto sangrento da intervenção do
Ocidente no mundo árabe, possa estar reunida em festas, cristãs ou muçulmanas,
outra vez.
Como era na Síria. Fernando Brito – Brasil in “Tijolaco.com.br”
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