Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Timor-Leste - Património português deve ser preservado e renovado, defende arquitecto Valeriano da Silva

O presidente da Associação de Arquitectos Timorenses, Valeriano da Silva, defendeu ontem que o património edificado por Portugal em Timor-Leste deve ser preservado e renovado para voltar a ser utilizado em benefício das comunidades


O presidente da Associação de Arquitectos Timorenses, Valeriano da Silva, defendeu ontem que o património edificado por Portugal em Timor-Leste deve ser preservado e renovado para voltar a ser utilizado em benefício das comunidades.

“Falando na perspetiva dos arquitectos timorenses, diria que o património edificado pelos portugueses faz parte da história de Timor-Leste. Acho que é importante tanto para o Governo, como para os arquitectos timorenses, preservar e renovar esses edifícios”, afirmou o arquitecto Valeriano da Silva.

O presidente da Associação dos Arquitectos Timorenses falava à Lusa no âmbito do seminário “Arquitectura como Património: Valor Cultural e Económico”, realizado no Centro Cultural Português em Díli e organizado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

Para o arquitecto timorense, os edifícios têm um significado “cultural e histórico para as comunidades locais”. “Aqueles edifícios representam a história e a entidade das pessoas. Acho que é importante os arquitectos preservarem os edifícios, mas outra coisa a considerar e é o tema da conferência, é torná-los sustentáveis”, salientou.

Apesar de ser mais “ecológico” renovar do que construir edifícios novos, o arquitecto considerou que também é importante serem utilizados.

Para Valeriano da Silva, é “muito importante preservar”, mas também é importante dar aos edifícios recuperados uma nova utilidade, “especialmente para o benefício económico das comunidades e do país”.

Presente no seminário esteve também a arquitecta portuguesa Leonor Picão, responsável pelo programa Revive, do Turismo de Portugal, que tem como principal objectivo a recuperação de imóveis públicos através de investimentos privados, tornando-os aptos para actividades económicas.

“O programa Revive é um programa de reabilitação arquitectónica que tem tido muito sucesso em Portugal. Já com mais de 130 milhões de euros de investimento em património público de interesse quer arquitectónico, quer histórico, quer cultural”, disse à Lusa a arquitecta.

O programa tem sido partilhado com vários países europeus, mas também com países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, nomeadamente Moçambique, São Tomé e Príncipe, Brasil e Angola, acrescentou. “Temos partilhado este projeto com vários países, mas com os países de língua portuguesa temos o maior carinho por conseguir ver também o Revive a acontecer nesses territórios”, disse. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”


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