Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Macau – Universidade de Macau pretende criar Faculdade de Medicina em Hengqin ou Zhuhai “para atrair alunos internacionais”

O vice-reitor da Universidade de Macau (UM), Rui Martins, revelou que o contexto epidémico atrasou os planos da universidade para o desenvolvimento de uma Faculdade de Medicina em Hengqin ou em Zhuhai, em parceria com a Universidade de Lisboa. A revelação foi feita em entrevista à Rádio Macau no sábado.

“Havia a ideia de criar uma Faculdade de Medicina na Ilha da Montanha ou em Zhuhai. Seria uma Faculdade na área de medicina, medicina dentária e farmácia, e teria como objectivo atrair alunos internacionais. Teria o apoio dos governos de Zhuhai e de Macau, em parceria com a Universidade de Lisboa. O projecto devia desenvolver-se este ano, mas devido à pandemia ficou um bocado parado, estamos à espera que seja retomado mais para o fim do ano”, disse Rui Martins, vice-reitor da Universidade de Macau.

Questionado sobre o reinício das aulas esta segunda-feira, Rui Martins assinalou que a Universidade de Macau vai ter “mais de 10 mil alunos” e “650 docentes” no ano lectivo de 2020-2021. Devido ao contexto pandémico, as aulas vão ser presenciais e online.

Sobre a crise económica despoletada pelo novo tipo de coronavírus, nomeadamente no mercado de trabalho local, o vice-reitor da Universidade de Macau para os assuntos globais assinalou a alta taxa de empregabilidade dos alunos da UM, tanto em Macau como no exterior. “Basta entrar na Universidade de Macau e já está empregado. Agora pode-se demorar um pouco mais de tempo, mas basta entrar na UM para se ter emprego em Macau ou no exterior”, afirmou Rui Martins.

Em relação à discussão de temas políticos nas salas de aulas, Rui Martins defendeu que na Universidade de Macau há liberdade académica e de investigação, mas que os professores não devem levar temas políticos para as salas de aulas, embora considere que podem abordar todos os temas.

“Fazer política na sala de aula acho que não é adequado, mas isso também é válido no Ocidente e em Portugal. (…) Poderá haver cadeiras em que isso faça parte do tema abordado, mas nas outras não faz qualquer sentido. Não faz sentido um professor de electrónica ir para uma aula falar de questões políticas porque o transístor não é político”, referiu.

Apesar de considerar que os professores não devem discutir temas políticos nas salas de aulas, Rui Martins assegurou que a Universidade de Macau “não censurou qualquer livro na biblioteca da instituição” e que tem apoiado a investigação de professores abordam questões mais polémicas. In “Ponto Final” - Macau

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