Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Suíça - Quando uma mulher ou homem enfrentam o mundo das letras

Milhares de adultos na Suíça têm dificuldade para ler, escrever e calcular, mesmo se frequentaram a escola obrigatória. Isso não é novidade, mas continua sendo um tabu. A primeira campanha suíça relacionada com o tema é lançada no Dia Mundial da Alfabetização. Ela quer sensibilizar a sociedade ao tema

“Com a campanha ‘Simplesmente melhor!’ queremos não apenas sensibilizar a sociedade para o tema das ‘competências básicas’, mas especialmente atingir as pessoas”, afirma Christian Maag. Ele é o director da Associação Suíça Ler e Escrever, responsável pela iniciativa junto com a Conferência Intercantonal de Formação Contínua.

Aproximadamente 800 mil adultos na Suíça não conseguem ler e escrever correctamente. Cerca de 400 mil têm dificuldades para resolver simples cálculos. Isto num país com um sistema educacional de alto nível, como é o caso da Suíça. Típico para pessoas iletradas, também chamadas de analfabetas funcionais, é o medo de serem vistas como ignorantes ou a vergonha de exibir dificuldades no quotidiano. “Menos de cinco por cento tentam combater o problema de forma activa através de cursos, por exemplo”, explica Maag.

Por uma melhor integração

Para combater essas reações, uma campanha bem-humorada de cartazes, folhetos e comerciais de rádio e televisão quer sensibilizar as pessoas que vivem estes problemas e motivá-las à superação. Em grande parte, tratam-se de adultos que frequentaram a escola na Suíça, mas deixaram de aprender muitas matérias. Outras perderam as suas competências ao longo da vida.
 
As pessoas interessadas, mas com dificuldades de navegar na internet, podem ligar para o número gratuito 0800 47 47 47 e pedir conselhos. “Na Suíça alemã ligam entre duas e três pessoas por dia. Nós esclarecemos o que ela necessita e procuramos cursos apropriados. Também recomendamos que trabalhem em grupo, pois assim umas motivam as outras”, diz Susanne Leutenegger, que nesse dia trabalha fazendo o atendimento telefónico.

Ela afirma também que, em tempos da digitalização e automatização, as exigências ao indivíduo aumentaram, tanto no quotidiano como no trabalho. “Hoje necessita preencher formulários, escrever relatórios ou protocolos”. Não apenas as pessoas com dificuldades de leitura necessitam de se esforçar para melhorar as suas competências. “Também os empregadores devem contribuir com a sua parte.” Gaby Ochsenbein - Alemanha In “Swissinfo” - Suíça

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