Vale deverá encaixar 733
milhões de dólares no pagamento inicial da venda de participações em activos à
Mitsui
O grupo brasileiro Vale
concluiu a venda de participações em activos em Moçambique ao grupo japonês
Mitsui, devendo receber um pagamento inicial de 733 milhões de dólares,
anunciou o grupo mineiro em comunicado divulgado esta semana na sua página de
internet.
O comunicado acrescenta que o
grupo Vale receberá um adicional de 37 milhões de dólares, quando o
financiamento para o projecto carbonífero de Moatize, na província de Tete,
ficar concluído, dispondo o grupo japonês da opção de devolver a participação
caso tal não aconteça até Dezembro próximo.
Após cerca de três anos de
negociações, o grupo Mitsui concordou em comprar 15% da participação de 95%
detida pelo grupo brasileiro na mina de carvão de Moatize (os 5% restantes são
propriedade do Estado moçambicano) e metade da participação de 50% do grupo
Vale no Corredor Logístico de Nacala, que compreende uma linha de
caminho-de-ferro entre Moatize e Nacala e instalações portuárias.
Em comunicado divulgado em
Setembro de 2016, o grupo Vale havia anunciado esperar vir a receber 768
milhões de dólares com a venda, à japonesa Mitsui, de participações na mina de
carvão de Moatize e no Corredor Logístico de Nacala, em Moçambique, ao abrigo
do novos termos do acordo originalmente assinado em 2014. Entretanto, o grupo
Vale nomeou um novo presidente executivo, Fabio Schvartsman, que sucede na
condução dos negócios a Murilo Ferreira.
A 15 de Março corrente, A Vale
disse ter concluído a transacção de equity antes da assinatura do project
finance, sendo um grande marco para o Corredor Logístico de Nacala, já que
demonstra confiança no avanço do project finance, cuja conclusão é esperada
para acontecer ao longo de 2017. Se a assinatura do project finance não for
concluída até o final de Dezembro de 2017, a Mitsui tem a opção de transferir,
de volta para a Vale, a sua participação na mina de carvão de Moatize e no
Corredor Logístico de Nacala.
Mais-valias à vista
Sem dúvidas que estarão longe
dos impostos de Mais-Valias conseguidos na operação de venda de acções da ENI à
Exxon Mobil, mas tratar-se-ião de somas significativas para a tesouraria do
Estado, tendo em conta que a escassez de recursos que se regista com o facto
dos parceiros de apoio ao orçamento terem cancelado as doações a Moçambique. Em
2016, a empresa Vale extraiu da sua mina de Moatize, na província de Tete,
cerca de 5.5 milhões de toneladas métricas de carvão mineral, depois de no ano
anterior, 2015, ter produzido cinco milhões de toneladas métricas, o
equivalente a cinco biliões de quilogramas. A empresa mineira explica que o
aumento de produção resulta de uma melhoria do projecto Moatize I e arranque de
um novo, denominado Moatize II. Nos últimos três meses de 2016, a produção de
carvão da mineira atingiu 1.6 milhões de toneladas, ficando 9.7% abaixo do
recorde atingido no terceiro trimestre do mesmo ano. In “O
País” - Moçambique
Sem comentários:
Enviar um comentário