Bissau – O volume das exportações da castanha
de Caju registado este ano foi superior em mais de 3,5 por cento que no período
de 2013, ou seja, houve um aumento de mais 4 mil toneladas.
Os dados constam no relatório sobre a
campanha de comercialização da castanha de caju deste ano, divulgado
quinta-feira na abertura do ateliê sob tema “problemática da comercialização e
exportação de caju, reflexões e perspectivas para 2015”, promovido pelo
Ministério do Comercio e Artesanato.
Segundo o documento, na última campanha do
“Ouro Guineense” foram exportadas mais 136 mil toneladas, e as previsões eram
de exportação de 200 mil toneladas.
Estima-se que as operações de exportação
terão rendido à economia nacional 137 milhões de dólares americanos.
A operação teria tido início dia 03 de Junho,
um pouco mais tarde do que o ano anterior e viria a terminar em finais de
Novembro e registou a participação histórica de 51 empresas, ou seja, um
ligeiro acréscimo em relação a 2013.
O preço de base ao produtor foi determinado
pelo governo no acto oficial de abertura de campanha no valor de 250 FCFA por
quilograma de castanha, mas, de acordo com os relatórios das delegacias
regionais, a ruptura de stock de bens
alimentares em zonas de difícil acesso fez com que este valor baixasse até aos
150 fcfa.
“Em termos de preços ao produtor, teve
oscilações progressivas entre 150 FCFA/Quilograma em Abril e terminou com 370
nos meados de Setembro/Outubro ”, escreve o relatório.
O relatório informa que essa evolução de
preços tem a ver com o bom ambiente de negócios criado no país com a
estabilidade política, na sequência de eleições pacíficas e credíveis, conforme
as declarações de observadores.
Com base nestes dados o Ministério do
Comercio estima o preço médio ao produtor na campanha que agora termina de 259
FCFA por kg.
Dados dos serviços de Comércio Interno e das
Delegacias Regionais confirmaram o potencial de emprego que esta actividade
económica gera no país, bem como a sua contribuição na redução da pobreza.
Em relação à saída clandestina da castanha de
Caju, o relatório refere que apesar das dificuldades operacionais, os agentes
de fiscalização conseguiram apreender 237 toneladas de caju, 13 meios de
transporte dentre os quais Camiões e viaturas modelo Canter e toca-tocas nas
regiões de Bafatá e Cacheu.
Analisando estes dados de apreensão a região
de Cacheu parece em primeiro lugar com 199 toneladas da castanha de caju e 12
meios de transporte seguido da região de Bafatá com 36 toneladas e um meio de
transporte.
O
relatório revela que a empresa Cheta Guiné foi a que atingiu o maior volume de
exportação, com cerca de 12 por cento do total das exportações e a empresa
Sonec Trading com menor volume representando 0,04 por cento.
O ateliê sobre a problemática da
comercialização da castanha de caju, reflexão e perspectivas para 2015 termina
esta tarde os seus trabalhos com a adopção de recomendações dos intervenientes
do sector. Agência de Notícias da Guiné
– Guiné-Bissau
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