Arábia
Saudita não quer diminuir produção para evitar que o preço do barril continue a
descer
Uma produção em alta para manter os preços em
baixa e controlar o mercado. Essa é aparentemente a estratégia adoptada pela
Arábia Saudita e que poderá trazer muitos dissabores à economia angolana.
Com a actual produção diária em 87 milhões de
barris é provável que o preço continue a descer até chegar aos USD 30 dólares,
refere o jornal Expresso, o que seria desastroso para as contas públicas
nacionais.
A Arábia Saudita pretende manter a sua
produção no nível actual dos 9,7 milhões (a Rússia é o maior produtor mundial
com 10,6 milhões) e foi isso mesmo que conseguiu na última reunião da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a 27 de Novembro, em
Viena.
“Como política da OPEP – e convenci a OPEP
disso, e até o Sr. Al-Badri (o secretário-geral da OPEP) está convencido disso
agora -,não é do interesse dos produtores da OPEP reduzir a produção, seja qual
for o preço”, disse o ministro saudita dos Petróleos e dos Recursos Minerais em
entrevista ao Middle East Economi Survey.
“É irrelevante se descer até USD 20, USD 40,
USD 50 ou USD 60″, acrescentou Ali Ibrahim al-Naimi.
Para os sauditas trata-se de manter a
produção em níveis altos e continuar a ganhar dinheiro com o aumento da quota
de mercado, pois, de acordo com as palavras do próprio ministro, o custo máximo
de produção do barril de petróleo saudita está entre os USD 4 e os USD 5 e o
país poderá continuar a ganhar dinheiro mesmo com os preços em queda.
O mesmo não se poderá dizer para Angola. Os
cálculos do Orçamento Geral do Estado para 2015 estão feitos para um barril de
petróleo a USD 81 mas o preço tem andado mais perto dos USD 60. In “Rede Angola” -
Angola
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