A
movimentação de carga nos portos cresce 1,7% em 2013 e confirma desaceleração
do comércio exterior na região.
Contexto
geral de crescimento económico mais lento continuou a afetar a atividade portuária,
indica nova classificação da agência das Nações Unidas.
A desaceleração do comércio
internacional da América Latina e do Caribe continuaram a afetar a atividade
portuária, no final de 2013, ano em que se registou um crescimento de 1,7%,
segundo dados divulgados hoje pela CEPAL.
Na última edição de seu
ranking de atividade portuária, a Comissão Económica para a América Latina e
Caribe (CEPAL), assinala que este número confirma o declínio da atividade nos
portos de vários países da região. Em 2010 e 2011 o aumento foi de 14% ao ano e
5,9% em 2012.
O ranking de movimentação de
contentores mostra o detalhe da atividade deste tipo de carga em 80 terminais
na região, cujas operações em 2013 chegou a 46,6 milhões de TEUs (unidades de
medida padrão, equivalentes a contentores de vinte pés, ou 6,25 metros). Informação
obtida com dados coletados pela CEPAL diretamente das autoridades portuárias
locais e nacionais.
Os primeiros 30 portos classificados,
com os níveis de atividade na faixa de 500.000 a 3.000.000 TEUs, representam
cerca de 82% das operações de contentores na região.
O declínio da atividade em
relação aos anos anteriores concentrou-se sobretudo em portos de cinco países
do Caribe: Colômbia, com queda anual de 6,9%, Jamaica (-8,2%), Venezuela
(-8,2%), Panamá (-4,1%) e República Dominicana (-21,7%).
Em contraste, os terminais de
cinco países da América do Sul e um da América Central mantiveram seu nível de
crescimento: Argentina, com uma alta de 9,8% em comparação a 2012, Brasil
(6,2%), Uruguai (9,7%), Chile (6%), Equador (3,9%) e Costa Rica (37,5%).
De acordo com a análise da CEPAL,
o comportamento dos portos em 2013 era muito heterogénea e existem diferenças
significativas entre os terminais dos países. Por exemplo, os portos chilenos
de Angamos, Arica, Coronel e San Antonio registaram um crescimento positivo
devido ao sucesso dos seus projetos e gestão comercial.
Os portos de Freeport
(Bahamas) e Havana (Cuba) são os únicos terminais de contentores que mostraram
aumentos na região do Caribe, enquanto no Brasil, os portos com maior expansão
foram Itapoá (72,1%) e Chibatão (32, 6%).
O porto com o maior
crescimento na região em 2013 foi o de Caldera, na Costa Rica, com um movimento
de carga superior a 246% face a 2012. Seguiram-se Coronel, no Chile (135%) e
Itapoá, no Brasil.
As quedas mais pronunciadas
foram registadas nos terminais de Puerto Plata e Santo Domingo na República
Dominicana (com reduções de 83,2% e 58,5%, respectivamente) e São Francisco do
Sul, no Brasil (-37,2%). CEPAL – Chile
Poderá aceder ao ranking dos
80 portos aqui.
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