Ilhas
Tinhosas são o mais importante berço das aves marinhas no Golfo da Guiné
Estudos realizados por
vários biólogos internacionais provam que as ilhas Tinhosas, localizadas a 22
quilómetros da ilha do Príncipe, são o principal berço das aves marinhas do
Golfo da Guiné.
Estreline Matilde, bióloga
portuguesa que trabalha na ilha do Príncipe, e que foi uma das arquitectas da
candidatura do Príncipe como Reserva da Biosfera da UNESCO, conferiu para o
Téla Nón alguns elementos da candidatura que convenceu a UNESCO.
As ilhas Tinhosas, são
consideradas como o mais importante berço de nidificação de aves marinhas no
Golfo da Guiné. «Estes dois ilhéus albergam as maiores colónias de várias
espécies de aves marinhas do Golfo da Guiné», confirma o estudo que alimentou a
candidatura do Príncipe como património mundial da Biosfera pela UNESCO.
Facto provado
cientificamente, também pela Birdlife International, que considerou as ilhas
Tinhosas como zona de importância mundial para conservação de aves. Segundo o
estudo que sustentou a candidatura do Príncipe a reserva da biosfera da UNESCO,
100 mil casais de Gaivina Fosca – Sterna Fuscata nidificam nas ilhas Tinhosas.
Por outro lado 20.000 casais de Caié –Preto – Anous minutos encontram nas duas
pequnas ilhas abrigo para reproduzirem, o mesmo acontece com Padé-do-mal Anous
stolidus cerca de 8.000 casais e o Ganso-Patola-Pardo ou Pato-marinho Sula
leucogaster com um número estimado de 3.000 casais, dentre outras espécies de
aves marinhas.
A ilha maior que compõe as
tinhosas tem 20 hectares e a pequena tem 3 hectares. Espaço, privilegiado pelas
aves marinhas do Golfo da Guiné, para se procriarem, mas não só. As Tinhosas,
são também visitadas por outras espécies de aves marinhas como o
rabo-de-palha-de-bico-vermelho Phaethon aethereus, atobá-grande Sula
dactylatra, atobá-de-patas-vermelhas Sula sula e a fragata-de-Ascenção Fregata
Aquila, assegura o trabalho de investigação da bióloga Esterline Matilde. Abel Veiga – São Tomé e Príncipe in “Téla
Nón”
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