No primeiro fim-de-semana de 2014 assisti num
canal por cabo a um documentário americano que teve a curiosidade de apresentar
um comboio, cujas carruagens tinham sido produzidas e posteriormente exportadas
pela empresa Sorefame situada na Amadora em Portugal.
Os que hoje anunciam a sete ventos que
Portugal tem de ser um país exportador, principalmente de mercadorias de valor
acrescentado e de alta tecnologia, foram os mesmos que num passado ainda não
muito longínquo, venderam a Sorefame a capitais estrangeiros, que depois da
passagem por várias mãos, foi ter a uma empresa concorrente no mercado
internacional, que aproveitou o “saldo” para a simplesmente a encerrar,
aniquilando uma adversária nos mercados.
A estratégia ainda ia resultando num fabuloso
lucro, não fosse a intervenção da autarquia junto das entidades competentes,
que não permitiu a venda dos terrenos em local privilegiado, que seria um
negócio muito rentável para a empresa estrangeira.
Neste momento assiste-se à destruição do transporte
ferroviário em Portugal, com encerramentos de centenas de quilómetros de linhas
férreas, continuando com o pensamento que no transporte rodoviário é que
está o futuro.
A dependência cada vez maior dos produtos
petrolíferos, irá mais cedo do que é espectável, levar ao regresso ao
transporte ferroviário e com a falta de empresas nacionais produtoras de
material circulante, será no mercado externo que a solução será encontrada,
levando a uma maior despesa e uma subordinação ao mercado internacional, tanto
em termos de custos, como manutenção e assistência. Baía da Lusofonia
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