O Governo moçambicano oficializou, em regime
de concessão, os terminais portuários e logísticos de Pemba e Palma à Sociedade
Portos de Cabo Delgado, uma empresa de capitais públicos.
A Sociedade Portos de Cabo Delgado é uma
parceria entre as empresas públicas Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique
(CFM) e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), ficando cada uma com 50% do
capital, sendo a concessão por um período de 30 anos.
Está previsto um investimento inicial de 150
milhões de dólares para a construção de infra-estruturas para assegurar o
escoamento do gás natural de Cabo Delgado no norte de Moçambique.
Palma - Foto: amimartins.wordpress |
Enquanto para Pemba está projectado a
construção de um novo porto junto ao actual, gerido pela CFM, com excelentes
condições de navegabilidade, boas acessibilidades terrestres, com uma protecção
natural, pois encontra-se no interior da baía de Pemba, o porto de Palma,
simplesmente não existe.
No tempo colonial, os barcos ficavam ao largo
na baía de Tungue, sendo o transbordo de pessoas e bens, feito apenas nas marés
cheias, em pequenos barcos, para um pequeno pontão, na localidade de Palma,
hoje destruído.
Palma - Foto: amimartins.wordpress |
A paradisíaca baía de Tungue com as suas
belas praias, local ideal para as actividades turísticas, apenas com o sério
problema das matacanhas, é uma zona de grande assoreamento, águas pouco
profundas, onde a construção de um porto terá custos elevados e com
acessibilidades terrestres bastantes difíceis.
Segundo os responsáveis, os dois portos serão
a porta de entrada para todos os equipamentos necessários para o funcionamento
das empresas que actualmente fazem a prospecção de hidrocarbonetos na bacia do
Rovuma e para a exportação dos produtos finais, com destaque para o gás natural
liquefeito. Baía da Lusofonia
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