“Quando se começou a falar em alta velocidade
era para 350 km/h. São linhas que obrigam a investimentos elevados devido às
suas caraterísticas, que curiosamente só servem para passageiros. Creio que
dificilmente se justificará transporte ferroviário de passageiros em alta
velocidade em Portugal porque o mercado é pequeno e não me parece que alguém vá
a Paris de comboio. Resta o tráfego para Madrid que também não me parece que
seja rentável. O que nos resta é um comboio de alta prestação para mercadorias
com uma velocidade de 120 km/h. Naturalmente que nessa linha podem circular
comboios de passageiros que até podem ser da tipologia do Alfa Pendular. Para o
País que temos uma diferença entre 220 km/h e 350 km/h não se obtêm grandes
ganhos. Portanto diria que necessitamos de uma linha de Alta Prestação, ou
mesmo de uma linha nova para o Porto (que se calhar até era rentável para
tráfegos de passageiros a 220 km/h). A grande aposta desta tutela e da União
Europeia é o tráfego internacional de mercadorias, existindo corredores para o
efeito.
Em Portugal estamos a prever uma situação de
linha de bitola ibérica que contemple a instalação futura de um terceiro carril
para bitola europeia. Devemos ter tudo preparado para migrar para a bitola
europeia.” Rui Loureiro – Portugal in “Transportes em
Revista”
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