A tentativa de
demolição de uma casa clandestina no passado dia 03 de Janeiro de 2013, em
Achada Grande Frente, na cidade da Praia em Cabo Verde, ordenada pela Câmara
Municipal da Praia e acompanhada por agentes da Polícia Nacional, levou à detenção
do repórter fotográfico e realizador Paulo Cabral, que apercebendo-se de uma
movimentação anormal para o local, decidiu fotografar o acontecimento.
A habitação inserida
numa zona de casas clandestinas, pertencente ao cidadão cabo-verdiano Mário Lopes,
que entretanto se ausentou para a Guiné Equatorial onde trabalha, estava a
começar a ser demolida quando o fotógrafo Paulo Cabral, começou a testemunhar a
ocorrência, tirando fotografias de um local público, a rua defronte da residência.
Depois de detido,
mesmo após a apresentação da sua identificação, em que mostrava que estava
devidamente credenciado para o exercício da actividade jornalística, o
fotojornalista Paulo Cabral, segundo testemunhas oculares, foi agredido dentro
da viatura policial, com um capacete de um dos elementos policiais.
A Associação dos
Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) através da sua presidente Carla Lima repudiou
o comportamento das autoridades policiais, considerando que está em causa a
democracia em Cabo Verde, por estar a ser recorrente este tipo de situações, em
que os jornalistas, são impedidos de exercer a sua profissão. A AJOC apoiou o
fotojornalista, através do advogado Odair Teixeira, que após uma detenção de 24
horas na esquadra de Achada Santo António, foi presente a tribunal, onde foi
libertado após alguns minutos. A habitação foi demolida no dia seguinte,
sexta-feira. Baía da Lusofonia
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