A língua portuguesa é hoje a sexta
mais falada no mundo, aproximando-se rapidamente do quinto lugar e não estará
muito distante da quarta língua, o castelhano.
Malgrado o desinteresse
dos políticos portugueses pela sua língua, também é verdade que as pessoas de
bem em Portugal não vão para a política, o português está a encontrar uma
vitalidade surpreendente por esse mundo.
Numa clarividência
notável o Prof. Brasileiro Sílvio Edmundo Elia, (Rio de Janeiro – 04.07.1913 –
16.11.1998), filólogo e um grande apaixonado pela língua portuguesa, escrevia
no matutino lisboeta Diário de Notícias em Junho de 1949 sobre a decadência da
língua francesa após a 2ª guerra mundial o seguinte e vou passar a citar. ” Seria
injusto desconhecer as possibilidades de renovação da cultura francesa, ainda
hoje um dos pontos mais altos da nossa civilização. A voga existencialista,
derivada de Sartre, mostra até que ponto continua viva a tradição francesa nos
meios intelectuais. Julgamos, portanto, que, uma vez alterada a pressão
económica que aflige a quase todos os povos da terra, o mundo voltará, na maior
parte, a alimentar-se nas fontes da secular sabedoria da pátria de Joana d’
Arc. Todavia, uma coisa parece-nos certa, a França terá que repartir com outro
irmão latino as glórias de intérprete do humanismo da liberdade concreta que
está sucedendo ao humanismo da liberdade abstracta de nossos antepassados. E
aqui, sem deturpação nacionalista, queremos pôr em relevo o destino que
julgamos reservado à língua portuguesa.”
E terminava o Prof.
Sílvio Elia o seu raciocínio, com uma antecipação de um século, acrescentando o
seguinte: “A idade nova é mais da América do que da Europa. E na América duas
grandes nações emergiram vitoriosas do conflito, com fundas responsabilidades
perante o futuro dos outros povos: Estados Unidos e Brasil. É lícito, portanto,
esperar, que, no mundo latino, a língua portuguesa venha a desempenhar papel de
primeira ordem, equivalente ao que representará o inglês para os povos
germânicos e saxónicos. Não lhe falta nem acabamento das formas, nem riqueza de
expressão, nem harmonia de conjunto. Sem falar no heroísmo glorioso daqueles
que a criaram, indómitos nas guerras e indominados nos mares.”
A língua francesa é
actualmente a nona mais falada no mundo, tem a sua zona principal de influência,
na europa, França e regiões limítrofes onde é língua materna, no Quebec região
do Canadá e na África ocidental e central, nos países que emergiram das antigas
colónias, países esses que têm tido graves conflitos internos, principalmente a
partir dos princípios da década de 70 do séc. XX. Baía da Lusofonia
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