Camponeses
e comerciantes agrícolas da província de Cabo Delgado e não só, poderão, num
futuro breve, ter acesso ao crédito bancário para o incremento das suas
actividades, numa iniciativa a ser levada a cabo pela Bolsa de Mercadorias de
Moçambique (BMM), em parceria com instituições bancárias nacionais.
Segundo explicação do
Presidente do Conselho de Administração da BMM, António do Rosário Grispos, a
instituição que superintende vai facilitar o processo, fazendo com que os
camponeses e comerciantes rurais recebam um certificado de depósitos no acto de
armazenamento dos seus produtos nos silos existentes em todas as províncias,
documento que poderão usar como termo de garantia de acesso aos créditos.
Na óptica de Rosário, a
iniciativa irá igualmente permitir a gestão eficaz do risco nos mercados
agrícolas, melhorar a segurança alimentar, entre outras vantagens.
Esclareceu que o certificado
de depósito é um instrumento que os intervenientes podem apresentar aos bancos
como garantia para a obtenção de crédito que, de acordo com suas palavras, irá
impulsionar o trabalho dos camponeses e outros produtores através da expansão
das suas áreas de cultivo.
“Muitas vezes os agricultores
não ganham muito dinheiro na venda dos seus produtos porque fazem-no em
períodos de maior oferta. Se o camponês conseguir guardar os produtos nos silos
já existentes, ele terá a oportunidade de vender a preços um pouco mais
competitivos em tempos de escassez dos produtos. Esta será a vantagem” –
afirmou Rosário Grispos.
Em Cabo Delgado, a BMM possui
silos em Ancuabe, concretamente na localidade de Nanjua. De acordo com o PCA,
António do Rosário Grispos, em todo o país a BMM tem um total de 50 mil
toneladas de milho, feijões e gergelim armazenados.
Da quantidade atrás
mencionada, os silos de Nanjua contribuem com 500 toneladas daqueles produtos.
Estes dados foram avançados
durante o seminário de divulgação do plano estratégico da BMM, realizado há
dias, na cidade de Pemba, evento que reuniu potenciais empresários da área de
comercialização agrícola, camponeses e outros intervenientes agrários.
Falando durante a cerimónia de
abertura do encontro, Grispos explicou que a BMM pretende ser uma plataforma de
negócios onde vários intervenientes, desde agricultores, associações de
camponeses, comerciantes e agentes económicos e afins, irão encontrar-se uns
aos outros para vender e comprar produtos agrícolas, sobretudo cereais,
leguminosas e oleaginosas. In “Notícias Sapo” - Moçambique
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