Abre
portas a 16 de Novembro a Global Language School Macau, uma escola de línguas
direccionada a crianças e adultos. O estabelecimento de ensino tem uma oferta
que engloba o mandarim, o cantonense, o português e o inglês, do nível inicial
ao mais avançado. A aposta no português vem responder à procura crescente da
língua, mas é o cantonense o mais procurado
Nasce a 16 de Novembro de 2015
uma nova escola de línguas em Macau. A Global Language School oferece cursos de
mandarim, cantonense, português e inglês, nos diferentes níveis, e surge, diz o
responsável pelo projecto, para preencher “uma lacuna” verificada no sector
privado. “A ideia surgiu um pouco da constatação da falta de oferta de
qualidade, no sector privado, do ensino de português e mandarim para crianças.
Foi mesmo constatar que não existia no mercado privado uma escola que
conjugasse o ensino do mandarim, do cantonense, do português, sobretudo a
pensar nas crianças”, esclarece João Costeira Varela.
A aposta no ensino do
português vem responder ao aumento acentuado da procura do idioma de Camões e
enquadra-se no quadro do impulso que tem sido dado à língua na região. “Temos
esperança que este projecto se enquadre nas várias vertentes que pode assumir a
diversificação da economia de Macau. Toda a gente percebe que Macau está a
atravessar uma mudança a nível social e económico e é preciso que tenha também
valências noutras áreas de prestação de serviços, para além das várias
solicitações dos casinos. Nos últimos anos tem havido um enorme crescimento na
procura da língua portuguesa e um enorme crescimento na procura de quadros
bilingues”.
O português, defende João
Costeira Varela, assume-se, cada vez mais, como uma língua de negócios: “É uma
língua de trabalho, e cada vez mais será assim. Os bancos estão a desenvolver
departamentos para lidar com os assuntos de países de língua portuguesa. Os
vários escritórios de advogados começam também a ter serviços virados para esse
mercado das relações económicas e comerciais dos empresários chineses e dos de
língua portuguesa. O próprio Governo tem cada vez mais iniciativas nesse
âmbito, para as quais são precisas pessoas bilingues”, sustenta.
Uma aposta a que não é alheia
a identidade do território, caracterizada pela prolongada presença portuguesa.
“Macau tem uma identidade própria, que não pode ser apagada, que é o seu
passado de presença e administração portuguesa. O português é língua oficial e
julgo que a Macau também interessará que haja cada vez mais gente capaz de
dominar ambas as línguas, para que a sua identidade não se vá perdendo”.
Mas não é a língua de Camões,
aquela que está a congregar maior número de inscrições na jovem escola, criada
pelo ex-jornalista. “A comunidade macaense, que são os miscigenados, são
completamente bilingues na oralidade, mas não sabem ler nem escrever, ou lêem e
escrevem muito pouco chinês. Temos um curso pensado para eles, de cantonense,
para quem sabe falar e não sabe ler nem escrever. E é o curso que está a ter
maior procura neste momento”. Nos diferentes cursos, o preço por hora é de 170
patacas. In “Ponto Final” - Macau
Sem comentários:
Enviar um comentário