Depois de terem participado no passado mês de
Julho nas Olimpíadas Internacionais de Matemática (OIM) em Santa Marta na Colômbia e no mês
seguinte, em Agosto, nas Olimpíadas de Matemática da Comunidade de Países de
Língua Portuguesa (OMCPLP) em Maputo, Moçambique, os jovens brasileiros e portugueses
apresentaram-se agora na Nicarágua para participarem na 28ª Olimpíada
Ibero-Americana de Matemática (OIAM) que se realizou no passado dia 24 e 25 de
Setembro de 2013, na cidade do Saber, com a participação de 79 jovens.
Com a presença de Brasil e Portugal como
representantes da língua portuguesa e 20 países de língua castelhana, Argentina,
Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha,
Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico,
República Dominicana, Uruguai e Venezuela, foram precisamente os dois países
lusófonos os primeiros classificados.
O Brasil com 158 pontos, que já vencera na
OMCPLP em Maputo, venceu agora com quatro jovens que já tinham participado nas
Olimpíadas Internacionais de Matemática na Colômbia, Rodrigo Sanches Ângelo, de São Paulo,
medalha de ouro, com pontuação máxima, 42 pontos, tinha ganho na Colômbia a
medalha de Prata. Franco Matheus de Alencar Severo, 41 pontos, do Rio de
Janeiro, medalha de prata, na Colômbia tinha sido medalha de bronze. Victor
Oliveira Reis, 40 pontos, de Pernambuco, medalha de prata e Rafael Kazuhiro
Miyazaki, 35 pontos, de São Paulo, medalha de prata, repetiram as medalhas
alcançadas na Colômbia.
Portugal ficou em segundo lugar com 154
pontos, apresentando um conjunto de jovens estudantes em que três deles já
tinham estado na Colômbia e um em Moçambique. Luís Pedro Lopes Duarte, da
Escola Secundária de Alcains, obteve como o seu colega brasileiro a pontuação
máxima, 42 pontos, tinha ganho uma medalha de bronze na Colômbia. Miguel
Moreira, aluno do 11º ano, na Escola Secundária Rainha D. Amélia, em Lisboa,
medalha de prata, 41 pontos, tinha ganho uma medalha de ouro na Colômbia. Miguel
Martins dos Santos, aluno da Escola Secundária de Alcanena, medalha de prata,
41 pontos, tinha recebido bronze na Colômbia. Miguel Pereira Torres da Costa,
do Grande Colégio Universal, Porto, medalha de bronze, recebera uma medalha de
ouro em Maputo, Moçambique.
Brasil e Portugal repetiram as classificações
do ano anterior, sendo um realce para os países de língua portuguesa, ficando o
México no terceiro lugar com 153 pontos. O Brasil que iniciou a participação
neste evento em 1985, é o país mais medalhado com um total de 101 medalhas, sendo
51 de ouro, 39 de prata e 11 de bronze. Portugal que teve a primeira
participação em 1990, já conquistou 47 medalhas, sendo 3 de ouro, 13 de prata e
31 de bronze, além de 10 menções honrosas.
A participação brasileira na competição é uma
organização da Olimpíada Brasileira de Matemática, iniciativa que tem
desempenhado um importante papel em relação à melhoria do ensino e descoberta
de talentos para a pesquisa em matemática nas modalidades de ensino
fundamental, médio e universitário nas instituições públicas e privadas de todo
o país.
A OBM é um projecto conjunto do Instituto
Nacional de Matemática Pura Aplicada (IMPA), da Sociedade Brasileira de
Matemática (SBM) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Secretaria de Ciência e Tecnologia
para Inclusão Social (Secis), do Ministério de Educação (MEC) por intermédio da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Academia Brasileira de
Ciências (ABC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática
(INCT-Mat).
A participação portuguesa nas OIAM é
organizada pela Sociedade Portuguesa de Matemática, e a selecção e preparação
dos alunos está a cargo do Projecto Delfos, do Departamento de Matemática da
Universidade de Coimbra. Esta iniciativa conta com o apoio do Ministério da
Educação e Ciência, da Ciência Viva, do Banco Espírito Santo, da Fundação
Calouste Gulbenkian e da Pathena.
A 29ª edição da OIAM terá lugar nas Honduras.
Para participar no evento os jovens seleccionados terão entre os 13 e os18 anos
de idade e não podem ter participado na competição nas duas edições anteriores.
Baía da Lusofonia
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