“Até 1979, eu nunca tinha ousado expressar-me
em espanhol. Lia muito bem a língua, percebia-a falada, mas eu próprio falá-la
era bem diferente. Daí que raramente ousasse pedir mais do que "un
solo"... Quando fui viver para a Noruega, o meu primeiro grupo de amigos
era composto por diplomatas espanhóis, brasileiros e latino-americanos. Com
algum esforço, tive de começar a "aculturar-me" ao espanhol, que era
a língua franca nesse meio. A curiosidade fez-me mesmo comprar uma gramática e
livros de exercícios de espanhol. Mas nunca fui muito longe, confesso... Logo
nas primeiras férias em Portugal, numa deslocação a Verín, na Galiza, entrei
numa loja e teimei em testar o meu espanhol. O comerciante galego sorriu para
mim, com um ar piedoso, e disse-me: Por que não fala português? Percebemo-lo
melhor..." Seixas da Costa –
Portugal
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