Agora que a poeira assentou e os comentadores
principescamente remunerados para dizerem aquilo que os pagadores desejam, já
se desviaram para outros temas, importa falar um pouco sobre as eleições
autárquicas em Portugal. Recorde-se que nas três principais empresas de televisão, há neste momento 97 comentadores, dos quais 60 são políticos no activo ou na reforma, pertencentes na sua maioria ao bloco central, preenchendo por semana um horário de 69 horas, quase três dias. Só um deles, recebe dez mil euros, por vinte e cinco minutos semanais.
Um acto eleitoral para os órgãos autárquicos que
afinal teve uma leitura nacional, devido ao resultado em apenas três
concelhos, Porto, Gaia e Sintra, que num futuro muito próximo, irão mexer com a
situação política actual.
A derrota de uma estratégia apontada para o
Grande Porto, a par da aposta em Sintra, onde os principais governantes se
envolveram numa campanha política, o que levou a população rural deste último
concelho a mobilizar-se fora do contexto partidário e a irem em grupo às mesas
de voto, tendo com principal objectivo, votar contra os partidos da governação,
terá uma resposta, já entretanto despercebidamente anunciada, por alguém que
neste momento tem acesso privilegiado, tanto aos movimentos internos, como aos
meios externos de informação. Aguardemos. Baía
da Lusofonia
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