“É um lugar-comum
dizer que investir na educação é investir no futuro. O problema é que temos uma
grande propensão para esquecer esta verdade tão evidente. Quer ao nível das
famílias quer ao nível da nação. Muitas vezes o esquecimento resulta de razões
de comodidade, que estudar dá muito trabalho, mas quando se trata do nível
nacional, é a falta de visão e de empenho dos responsáveis pelo sector da
educação que explicam o fracasso e o atraso. Uma governação responsável dá uma
importância especial à educação. E não apenas à educação formal, relacionada
apenas com o mínimo obrigatório. É preciso não esquecer a educação para a
cidadania, aquela que permite formar cidadãos responsáveis, disciplinados e
cientes dos seus deveres bem como dos seus direitos. E também não esquecer a
educação ao longo da vida, que o mundo de hoje está em mudança permanente e
exige que se adquiram novas capacidades de um modo continuado.” Victor Ângelo – Portugal in “Vistas Largas”
Já lá vão alguns
anos, estava eu no meu local de trabalho, quando entra na sala um colega,
licenciado em economia, com um trajecto de estudante no Colégio Militar e se
dirigiu a uma companheira de serviço para perguntar como se fazia uma regra de
três simples… mais tarde uma colega do quarto ano de economia, que estava quase
a completar o curso, interrompe um trabalho de grupo, para perguntar a um engenheiro,
muito experiente em explicar matemática, como se faziam aquelas coisas das
linhas. Linhas para aqui, linhas para acolá, ao fim de um longo período de
diálogo, afinal o que a finalista de economia pretendia era fazer um gráfico! O
fracasso, o atraso, não está apenas nos alunos que interromperam
prematuramente, por alguma razão, os estudos, está também naqueles que
terminando um curso, têm muitas dificuldades em aplicá-lo. Baía da Lusofonia
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