Um dos maiores
desafios que o Movimento das Forças Democráticas da Casamansa (MFDC) tem hoje
por resolver, parece-me, que é a dispersão das suas forças.
Mais do que nunca, o
MFDC está perante um imperativo comum: o de reunir, para identificar as suas
diferenças e trabalhar para determinar as possibilidades de convergência de
todas as suas forças.
Porque o único
processo para os independentistas poderem considerar seriamente a independência
da Casamansa é em primeiro lugar entenderem-se. É necessário ir procurar
soluções noutros lugares? Eu diria que «não». Mas se for preciso? Sim.
Absolutamente.
A convergência
nacional casamansesa é antes de tudo um projecto de mobilização não partidária,
uma oportunidade para melhorar a coesão dos independentistas, um espaço aberto
de diálogo para as diversas correntes de ideias. É preciso que os naturais de
Casamansa, a resistência, as comunidades locais, civis ou religiosas, bem como
a diáspora se encontrem, esclareçam os seus objectivos e definam os seus
compromissos. Tudo isto, pois eu acredito, é urgente! Merece ser objecto de
debate organizado em volta de um líder unificador. E ao MFDC não faltam
competências a este nível. Basta apenas apoiá-los.
No entanto, o MFDC
deve realizar os necessários exames de consciência que o movimento
independentista ainda não conseguiu fazer, inflexível entre as várias facções,
alguns amarrados pelas vantagens financeiras do regime senegalês.
Caso contrário, o
risco é grande, numa acção partidária independentista, as diferenças de
opinião, eventualmente, trarão antagonismos insuperáveis. Neste contexto, é
necessário resolver o foco político sem intermediários (senegaleses, gambianos,
guinéus ou franceses), mais de cidadão para cidadão, de Casamansês para
Casamansês. Bintou Diallo – Casamansa -
Casamance
(*) Unidade
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