Um número impressionante, 536 mil postos de trabalho desapareceram do mercado português nos
últimos quatro anos (2009-2012), em virtude da política seguida pelos dois
últimos governos, apoiados por dois partidos que se vão revezando na partilha
do poder, tendo sido esta, uma situação recorrente na monarquia parlamentar do
final do séc. XIX e na 1ª república, no primeiro quarto do séc. XX, com os resultados que a história nos relata.
Quer este resultado
dizer que em apenas quatro anos foram destruídos 10,4% do total de empregos que
existiam em Portugal e as expectativas são, que o ano de 2013 não será o de
mudança para um rumo de crescimento da actividade laboral.
Depois de terem
sumido 143,7 mil empregos em 2009 e 75,9 mil em 2010, o mercado de trabalho
entrou numa maior escalada de perdas de emprego, registando 141,2 mil em 2011 e
um preocupante 202,3 mil postos de trabalho em 2012, ou seja, nos últimos dois
anos os empregos perdidos cresceram 20%, em relação ao somatório dos anos de
2009 e 2010.
O sector que mais
contribuiu nestes últimos quatro anos para este descalabro foi o da construção
civil e obras públicas que perderam quase duzentos mil postos de trabalho, mais
precisamente 197,9 mil, correspondendo a 35,5% do total da mão-de-obra do
sector em 2008.
Os dados de base do
Instituto Nacional de Estatística de Portugal mostram-nos, após uma exaustiva
análise, que no sector do comércio, restauração e hotelaria se destruíram 128
mil postos de trabalho e na indústria transformadora 124,5 mil. Tendo em conta
sempre os últimos quatro anos, a agricultura, silvicultura e pescas, um sector
que o actual governo tem tentado incentivar, com a promoção do regresso à
terra, perderam-se 95,2 mil empregos.
Perante os factos e
as afirmações do principal responsável pela política governativa do país, de que
os números divulgados estão em sintonia com as perspectivas governamentais,
questiona-se de uma forma pertinente, se quem nos governa, está ao serviço de
Portugal e dos portugueses? Baía
da Lusofonia
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