Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

536


Um número impressionante, 536 mil postos de trabalho desapareceram do mercado português nos últimos quatro anos (2009-2012), em virtude da política seguida pelos dois últimos governos, apoiados por dois partidos que se vão revezando na partilha do poder, tendo sido esta, uma situação recorrente na monarquia parlamentar do final do séc. XIX e na 1ª república, no primeiro quarto do séc. XX, com os resultados que a história nos relata.

Quer este resultado dizer que em apenas quatro anos foram destruídos 10,4% do total de empregos que existiam em Portugal e as expectativas são, que o ano de 2013 não será o de mudança para um rumo de crescimento da actividade laboral.

Depois de terem sumido 143,7 mil empregos em 2009 e 75,9 mil em 2010, o mercado de trabalho entrou numa maior escalada de perdas de emprego, registando 141,2 mil em 2011 e um preocupante 202,3 mil postos de trabalho em 2012, ou seja, nos últimos dois anos os empregos perdidos cresceram 20%, em relação ao somatório dos anos de 2009 e 2010.

O sector que mais contribuiu nestes últimos quatro anos para este descalabro foi o da construção civil e obras públicas que perderam quase duzentos mil postos de trabalho, mais precisamente 197,9 mil, correspondendo a 35,5% do total da mão-de-obra do sector em 2008.

Os dados de base do Instituto Nacional de Estatística de Portugal mostram-nos, após uma exaustiva análise, que no sector do comércio, restauração e hotelaria se destruíram 128 mil postos de trabalho e na indústria transformadora 124,5 mil. Tendo em conta sempre os últimos quatro anos, a agricultura, silvicultura e pescas, um sector que o actual governo tem tentado incentivar, com a promoção do regresso à terra, perderam-se 95,2 mil empregos.

Perante os factos e as afirmações do principal responsável pela política governativa do país, de que os números divulgados estão em sintonia com as perspectivas governamentais, questiona-se de uma forma pertinente, se quem nos governa, está ao serviço de Portugal e dos portugueses? Baía da Lusofonia

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