A Faculdade de Letras da Universidade do Porto, através da sua Cátedra Agostinho Neto, acolhe hoje, em Portugal, a mesa-redonda “Sagrada Esperança: o papel de Agostinho Neto na construção da independência de Angola e da soberania dos povos africanos”, que terá como prelectores o professor e ensaísta português Francisco Topa, director da cátedra, a escritora e jornalista Viviane Paulo e o poeta e crítico literário Anelito de Oliveira, ambos brasileiros
Nesta edição que homenageia os 50 anos de Independência dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, amanhã, o evento acolhe a mesa-redonda “Levantados do chão: os 50 anos de independência dos PALOP e a luta dos povos do Sul Global no século XXI por soberania e dignidade humana”, que trará como participantes Maria de Jesus dos Reis, embaixadora de Angola em Portugal, Suaré Baldé, diplomata guineense, Pilar Del Rio, presidente da Fundação José Saramago, e Anelito de Oliveira. O programa de amanhã encerra com tertúlia que envolverá Tony Tcheca, poeta e jornalista guineense, João Fernando André, professor e crítico literário angolano, seguida da homenagem especial ao escritor brasileiro Edu Tolenda, autor do livro “República das Rosas”
A programação destaca a apresentação da colecção literária Infame Ruído, bem como o início das actividades da Inmensa Editorial em Portugal, com o propósito específico de impulsionar a formação de novos leitores e contribuir para a produção de consciência crítica sobre a história em curso.
Entre os 25 autores publicados no ano passado, na referida colecção, constam sete autores dos PALOP, respectivamente os angolanos João Melo e José Luís Mendonça, os moçambicanos Pedro Pereira Lopes e Álvaro Fausto Taruma, a guineense Odete Costa Semedo, o cabo-verdiano José Luís Hopffer C. Almada e a são-tomense Conceição Lima. Também assinam as capas dos livros desses autores dois artistas dos dos PALOP, nomeadamente o guineense Nú Barreto e o angolano Luandino de Carvalho.
No seguimento da agenda, está previsto na quinta-feira, em Lisboa, o lançamento dos livros “República das Rosas”, de Edu Tolenda, e “A habitante”, de Viviane de Santana, assim como obras dos 18 autores brasileiros e 7 africanos de expressão portuguesa, editados na colecção Infame Ruído. Para finalizar, na sexta-feira acontece o encontro, acompanhado de conversas e leituras, denominado “Café a Brasileira”.
A terceira Feira Kambansa teve início ontem com a mesa-redonda “Confluências marginais: as relações entre os países de língua oficial portuguesa ontem, hoje e amanhã”, realizada na Universidade de Coimbra, tendo juntado à mesa do debate o embaixador brasileiro Lauro Moreira, o professor e pesquisador Pires Laranjeira, e o poeta brasileiro Anelito de Oliveira, sob moderação de Bento Monteiro, presidente da Casa de Angola em Coimbra. Katiana Silva – Angola in “Jornal de Angola”
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