Casamansa: Victória política do MFDC em
Diabir pela preservação dos símbolos da resistência casamansesa.
É uma victória política que acaba de alcançar
o Movimento das Forças Democráticas da Casamansa (MFDC) depois da libertação
muito mediática de três mulheres libertadas no princípio da semana.
A originalidade reside no facto que as sete
(número mágico) sacerdotisas do MFDC, que aqui chamamos de «Amazonas» “arrancaram”
esta libertação das garras da Atika (ramo armado) depois de uma noite de
negociações.
E ao valor histórico (marchas do MFDC em
Dezembro de 1982 e 1983), acrescentam a isso o património cultural, tudo
simbolizado pelos hábitos tradicionais pretos e brancos mas também pelas cabaças
com contas coloridas sobre as cabeças das prisioneiras libertadas. Isso
demonstra que apesar das diferenças de convicções, a nossa identidade e o nosso
orgulho casamansese, se é um prisioneiro ou não, nos unimos.
O MFDC conseguiu a internacionalização do
problema da Casamansa envolvendo a Guiné-Bissau muito tempo ignorada pelo
governo senegalês numa procura de negociações intra-MFDC e da paz em Casamansa.
Sublinhamos que neste país, a Guiné Bissau, estão sempre garantidos os acordos
entre o MFDC e o governo senegalês.
As autoridades da Guiné Bissau usaram todos
os meios de comunicações oficiais para dar ao acontecimento um carácter
excepcional. Eles também não aceitaram a proposta da aeronave, fornecida pelo
Chefe do Estado-Maior do Senegal e colocada à disposição para transferir as
mulheres para Dacar. Isso é muito humilhante. Foi certamente o quis mostrar
António Indjai ao seu homólogo senegalês Mamadou Sow, que a Guiné Bissau é um
estado soberano.
A chegada das mulheres «desminagem» às instalações
do MFDC, situada no bairro de Diabir, em Ziguinchor, como desejavam os
independentistas casamanseses, honrou as sacerdotisas mas também um movimento
que é acusado infamemente de perda de apoio popular.
Sim, Fatou Diaw, Sophie Aïdara et Fatou Guèye
passaram por Diabir-Mangokouroto, o lugar por excelência do «Ground Zero» da luta pela libertação dos
cidadãos, o mesmo que dizer a independência da Casamansa.
Esta emanação de interesses sobre Diabir
testemunha a vontade dos independentistas de preservar a todo o custo os
símbolos da resistência casamansesa. Bintou
Diallo – Casamansa - Casamance
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