Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 9 de junho de 2013

Sacerdotisas

Casamansa: Victória política do MFDC em Diabir pela preservação dos símbolos da resistência casamansesa.
 
 
É uma victória política que acaba de alcançar o Movimento das Forças Democráticas da Casamansa (MFDC) depois da libertação muito mediática de três mulheres libertadas no princípio da semana.
 
A originalidade reside no facto que as sete (número mágico) sacerdotisas do MFDC, que aqui chamamos de «Amazonas» “arrancaram” esta libertação das garras da Atika (ramo armado) depois de uma noite de negociações. 
 
E ao valor histórico (marchas do MFDC em Dezembro de 1982 e 1983), acrescentam a isso o património cultural, tudo simbolizado pelos hábitos tradicionais pretos e brancos mas também pelas cabaças com contas coloridas sobre as cabeças das prisioneiras libertadas. Isso demonstra que apesar das diferenças de convicções, a nossa identidade e o nosso orgulho casamansese, se é um prisioneiro ou não, nos unimos.
 
 
 
O MFDC conseguiu a internacionalização do problema da Casamansa envolvendo a Guiné-Bissau muito tempo ignorada pelo governo senegalês numa procura de negociações intra-MFDC e da paz em Casamansa. Sublinhamos que neste país, a Guiné Bissau, estão sempre garantidos os acordos entre o MFDC e o governo senegalês.
 
As autoridades da Guiné Bissau usaram todos os meios de comunicações oficiais para dar ao acontecimento um carácter excepcional. Eles também não aceitaram a proposta da aeronave, fornecida pelo Chefe do Estado-Maior do Senegal e colocada à disposição para transferir as mulheres para Dacar. Isso é muito humilhante. Foi certamente o quis mostrar António Indjai ao seu homólogo senegalês Mamadou Sow, que a Guiné Bissau é um estado soberano.
 
A chegada das mulheres «desminagem» às instalações do MFDC, situada no bairro de Diabir, em Ziguinchor, como desejavam os independentistas casamanseses, honrou as sacerdotisas mas também um movimento que é acusado infamemente de perda de apoio popular.
 
Sim, Fatou Diaw, Sophie Aïdara et Fatou Guèye passaram por Diabir-Mangokouroto, o lugar por excelência do «Ground Zero» da luta pela libertação dos cidadãos, o mesmo que dizer a independência da Casamansa.
 
Esta emanação de interesses sobre Diabir testemunha a vontade dos independentistas de preservar a todo o custo os símbolos da resistência casamansesa. Bintou Diallo – Casamansa - Casamance
 


 


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