Mais de 120 milhões de
meticais é o volume de rendimentos alcançados pelos produtores de tabaco nos
distritos de Milange e Molumbo, na Zambézia, durante a campanha de
comercialização finda.
O gestor da divisão sete, que
compreende Milange/Molumbo da Mozambique Leaf Tobaco (MLT), empresa fomentadora
daquela cultura, Jorge Garcia, disse há dias que os dois distritos alcançaram
uma produção global na ordem de 3.609.226 toneladas de tabaco das espécies
virgínia e burley.
A comercialização daquelas
quantidades permitiu a arrecadação de 120 milhões de meticais de rendimentos,
contribuindo para a melhoria das condições sociais dos produtores e aumento da
circulação monetária entre as comunidades locais.
A produção do tabaco naqueles
dois distritos da província da Zambézia é fomentada pela MLT, que actualmente
assiste 20.784 produtores que actualmente trabalham numa área de 3326 hectares.
Na campanha agrícola finda, a
MLT desembolsou mais de 73 milhões de meticais para assistência fitossanitária
aos produtores em forma de crédito, descontado por alturas da comercialização
junto aos armazéns da empresa fomentadora da produção daquela cultura nos dois
distritos localizados no nordeste da província.
Na presente campanha, as
previsões apontam o envolvimento de 1704 novos produtores na espécie da espécie
virgínia. Os mesmos trabalham numa área de 1125 hectares, onde se espera colher
uma produção de 1.332.598 quilogramas.
Na produção do tabaco da
espécie burley está projectado o envolvimento de 4465 produtores que deverão
trabalhar numa área de 2.233 hectares e uma produção de 2.478.075 quilogramas.
Os produtores envolvidos na produção daquela cultura de rendimento serão
assistidos por 16 extensionistas agrários.
José Garcia disse que os
preços são bons e isso anima os produtores a aumentarem as áreas de produção,
maneio das plantações e outros cuidados, visto que os rendimentos ajudam a
melhorar as condições sociais com os rendimentos daí decorrentes. Por exemplo,
o preço do burley subiu de 20 meticais para 70 e virgínia de 34 de 128
meticais.
A nossa reportagem, que esteve
recentemente em Milange e Molumbo, observou no terreno que os produtores estão
a melhorar as suas condições sociais, nomeadamente através da construção de
casas melhoradas, compra de viaturas de grande tonelagem, diversificação de
actividades comerciais e económicas, bem como a educação dos filhos em escolas,
incluindo o ensino superior.
Entretanto, os produtores e as
empresas fomentadoras dizem que as estradas e a tensão político-militar, que
prevalecente na região centro do país, estão a comprometer o fluxo de
transacções dos campos de produção para os armazéns nas provinciais da
Zambézia, Tete e Niassa. Pedem especialmente ao Governo para reabilitar as
estradas que dão acesso aos campos de produção. Sempre que chove Milange e
Molumbo ficam literalmente intransitáveis. Jocas
Achar – Moçambique in “Jornal de Notícias”
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