Após São Tomé e Príncipe e
Pequim terem reatado laços diplomáticos na sequência de uma ruptura das
ligações entre o país africano e Taiwan, o Fórum para a Cooperação Económica e
Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa mostrou-se disponível para
integrar este Estado.
“São Tomé e Príncipe é um dos
membros familiares da lusofonia, pelo que o Secretariado Permanente tem uma
atitude aberta quanto à sua participação no Fórum Macau”, garantiu o Gabinete
de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum numa resposta ao Jornal Tribuna de
Macau. “Caso a parte santomense apresente o pedido, o Secretariado Permanente
está disposto a submetê-lo aos países participantes do Fórum para efeitos de
discussão”.
Recorde-se que São Tomé e
Príncipe e a China restabeleceram, na segunda-feira, relações diplomáticas após
o Estado africano ter cortado laços com Taiwan, reconhecendo o princípio de
“Uma Só China”. Num comunicado, o Executivo de São Tomé e Príncipe referiu a
“conjuntura internacional e a sua perspectiva de evolução tendo em conta a agenda
de transformação do país e os objectivos de desenvolvimento do milénio” como
razões para o afastamento em relação a Taiwan.
Por outro lado, o Governo de
Patrice Trovoada referiu que “a evolução da conjuntura interna e a política” do
seu Executivo “impõem a defesa dos interesses genuínos de São Tomé e Príncipe e
do seu povo”, ainda que não abdique “dos valores cardinais da sua política
externa e o reforço da sua adesão ao princípio da não ingerência nos assuntos
internos de outros Estados”.
Por outro lado, Pequim
considerou “natural” a decisão do Estado africano. “É natural. Quando se
reconhece e decide finalmente que é altura de fazer a escolha certa, esse é o
momento”, indicou a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
“A China agradece e dá as boas-vindas ao regresso de São Tomé e Príncipe ao
lado certo do princípio ‘Uma só China”, disse Hua Chunying. Inês Almeida – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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