A Associaçom Galega da Língua (AGAL) aprovou dia 3 em assembleia o texto
que recolhe a confluência das duas tradiçons normativas que coexistiam no
reintegracionismo, que a partir de hoje contará com umha única proposta ortográfica e morfológica. A Ortografia Galega
Moderna convergente com o português no mundo (nome provisório) será lançada em app para
telemóvel e numha wiki-faq, onde já se encontra umha primeira versom que também será
editada em livro (com exercícios práticos) no próximo mês de janeiro.
Desde
o nascimento do movimento reintegracionista contemporáneo, conviviam nele duas
sensibilidades, com usos gráficos mais ou menos convergentes com o português no
mundo. Em termos normativos, isto refletia-se no uso de duas normas
independentes, cujas principais discrepáncias entre si era o uso de formas
divergentes para o indefinido feminino (uma/umha) e para a
terminaçom que na Galiza pronunciamos –om/-am, que havia quem escrevesse
com til (ão) e quem nom (om/am).
Na prática, a confluência normativa implica
umha ampliaçom das velhas normas da AGAL, que passam a incluir mais algumhas
duplicidades, aquelas que estám justificadas nos usos conscientes das pessoas
reintegracionistas. Ainda, dentre as duplicidades que já tinha esta norma,
serám relegados alguns traços gráficos que nom se justificam no uso atual do
reintegracionismo (como oç no
início de palavra ou a forma irmám acabada em –am).
O processo é em certo modo paralelo ao sofrido
pola própria normativa ILG-RAG do galego em 2003, em que agora convivem as
terminaçons ble-bel ou eria-aria.
Com este passo, a associaçom admite que a “normativa” deve acompanhar a
realidade, admitindo os usos reais, porquanto era evidente que cada vez
mais reintegracionistas faziam uso de formas que nom recolhia a norma da AGAL
agora ampliada.
Para a AGAL, as pequenas discrepáncias que
exibiam as duas tradiçons gráficas deixaram de justificar que fossem mantidas
duas normas independentes. Por isso, será divulgado um novo texto normativo de
carácter orientativo que se insere na tradiçom de línguas que, como o inglês,
nom contam com normas prescritivas (apenas descritivas),
com duplicidades que só o uso das pessoas irá resolvendo.
Para obteres mais informaçom sobre a
nova proposta ortográfica da AGAL podes consultar o texto aqui, nomeadamente
o primeiro capítulo: “Esclarecimentos prévios”.
Para além deste
ponto, a AGAL também aprovou no Paço da Cultura de Ponte Vedra (por ocasiom do
Culturgal) os objetivos estratégicos e os orçamentos do ano 2017.
Já na parte da tarde
fôrom lançadas algumhas novidades da Através Editora no espaço livros do
Culturgal, num dos atos mais concorridos e aplaudidos da tarde. Concretamente
fôrom apresentados conjuntamente Bolcheviques (volume
coordenado por Teresa Moure e editado junto com Xerais), O Penálti de Djukic (Carlos Taibo), A imagem de Portugal na Galiza (Carlos Quiroga) e A imagem da Galiza em Portugal (Carlos Pazos), que estivérom à venda na banca que
a Através Editora montou nesta feira das indústrias culturais galegas. In “Portal
Galego da Língua” - Galiza
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