A
edição deste ano do Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de
Infra-estruturas resultou em 24 contratos de negócios, avaliados em quase 13
mil milhões de dólares americanos, o montante mais elevado na história do
evento
O 8º Fórum Internacional sobre
o Investimento Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla inglesa) registou
um volume recorde de negócios, através de 24 contratos entre a China e diversos
países e regiões envolvendo um valor total de 12,8 mil milhões de dólares
norte-americanos. Segundo Fang Qiuchen, presidente da Associação dos Construtores
Civis Internacionais da China, o valor em causa foi “o mais alto” de sempre
neste Fórum.
O mesmo responsável destacou
“três projectos essenciais” entre a lista. “O primeiro projecto é uma estrada
no Gana, o segundo é na Baía do Mondego, na Jamaica, com uma estrada que
circunda toda a ilha. O terceiro que gostaria de frisar é um projecto muito
grande em Angola, com um parque turístico em Cabo Ledo. É um pacote muito
alargado que incluiu as infra-estruturas, um parque industrial e todos os aspectos
de recreação e hotéis”, adiantou.
Durante os dois dias do
evento, que decorreu no Venetian, realizaram-se 14 fóruns temáticos e paralelos
e foram organizadas 220 reuniões de negócios, para além da assinatura dos 24
protocolos, incluindo contratos de negócios, acordos-quadro e memorandos de
entendimento. “Sete foram assinados com os países de língua portuguesa: cinco
com Angola, um com Moçambique e o outro com o Brasil. Todos eles estão relacionados
com parques industriais com instalações de agricultura, desenvolvimento de
pontes e também reformulação de centros históricos de várias cidades”, explicou
Jackson Chang, presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do
Investimento de Macau (IPIM), na conferência de imprensa no final do evento.
Em jeito de balanço, o presidente
do IPIM salientou “três aspectos” da edição deste ano do fórum, com a
construção de uma plataforma “para comunicação e cooperação entre os operadores
do sector de construção de infraestruturas”, a promoção da participação de
Macau na construção da iniciativa “Uma Faixa, uma Rota”, que representa uma
“plataforma para a diversificação da economia” do território. O fórum
contribuiu também para “destacar ainda mais a função de Macau como plataforma
de serviços para a cooperação comercial entre a China e os Países de Língua
Portuguesa”, considerou.
Por sua vez, o presidente da
Associação dos Construtores Civis Internacionais da China defendeu que o
certame concretizou “quatro avanços”, incluindo a “característica
profissional”, com progressos na escala e no nível da organização, com “crescente
aumento da sua influência internacional”. Além disso, verificaram-se “melhorias
tanto na liderança do desenvolvimento do sector inerente como em termos de
promoção da cooperação empresarial”.
Fang Qiuche apontou realçou
ainda o “papel de liderança industrial” do Fórum, bem como a apresentação de
novas vias para promover a “participação activa” de Macau na iniciativa “Uma
Faixa, uma Rota”, “elevando a qualidade da plataforma de serviços para a
cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”.
Esta edição do fórum atraiu
mais de 1700 participantes provenientes de 63 países e regiões, incluindo 57
governantes a nível ministerial, revelam dados da organização. Entre os
participantes estiverem ainda operadores da cadeia industrial relacionada com a
cooperação internacional em infra-estruturas, incluindo quadros superiores e
representantes de 65 empresas de construção civil e de 73 empresas.
A 9ª edição do Fórum
Internacional sobre o Investimento Construção de Infraestruturas irá decorrer
em Macau a 7 e 8 de Junho de 2018. Pedro
Santos – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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