Os
voos directos entre a China e Portugal também vão contar com o envolvimento da
Air Macau, que está a ultimar um acordo com a Beijing Capital Airlines para assegurar
ligações à nova rota a partir do território, onde será feito o “check-in” até
ao destino final. A transportadora local espera obter “bons resultados” desta
parceria que deverá ser oficializada antes do lançamento, a 26 de Julho, dos voos
para Lisboa
Operada pela Beijing Capital Airlines, a ligação aérea directa entre a
China e Portugal arranca a 26 de Julho deste ano, com três voos por semana -
quarta-feira, sexta-feira e domingo - entre a cidade de Hangzhou, na costa
leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim. Até essa altura, porém, deverá
haver uma nova alternativa para quem vive em Macau, que poderá rumar do
território até à capital chinesa a tempo de embarcar no voo para Lisboa.
O acordo entre a Air Macau e a
Beijing Capital Airlines ainda está em fase de negociações, mas deverá ser
selado em breve. “Faltam as assinaturas da administração e depois arrancamos.
Eles [Beijing Capital Airlines] lançam [os voos para Lisboa] em Julho, por isso
ainda temos tempo”, disse Winston Ma, director-geral da Air Macau para o
mercado do Sul da China.
Manifestando-se muito
optimista quanto à possibilidade desta nova oferta comercial estar disponível
até ao Verão, Winston Ma sublinhou que a Beijing Capital Airlines é vista “como
uma parceira, não como concorrente”, pelo que trabalhando em conjunto, serão alcançados
“bons resultados”. “É uma situação em que todos ganham”, destacou, frisando que
“assim que o acordo for assinado os passageiros podem começar a comprar os
bilhetes através das agências porque as rotas já estão criadas”.
Segundo o mesmo responsável, a
Air Macau não terá de acrescentar novos voos para Pequim nem ajustar os horários.
Winston Ma falava à margem de
um seminário para apresentação de novos produtos a agentes de viagens e
jornalistas, durante o qual foram anunciadas opções para viajar da RAEM para 31
destinos da Europa e Estados Unidos, no quadro de um acordo para transporte “em
trânsito” entre a Air Macau e a Air China, através dos aeroportos de Pequim,
Xangai e, a partir de Julho, Chengdu.
“Os passageiros fazem o
check-in em Macau e recebem o cartão de embarque até ao destino final, onde
levantam as malas. Para os cidadãos de Macau é mais conveniente e eficiente
partirem do território do que irem apanhar um barco para Hong Kong”,
considerou.
A medida já está em prática
através de Pequim e Xangai, mas não em Chengdu, onde ainda existem algumas “barreiras”
em termos de facilidades de trânsito para os voos. “Este mês temos vindo a fazer
alguns testes, e esperamos que em meados de Julho esteja a operar da melhor
forma”, disse o responsável, considerando que Chengdu oferece algumas vantagens
em relação aos outros aeroportos por ter menor fluxo de passageiros.
Paris, Londres, Frankfurt,
Munique, Roma, Milão, Atenas, Madrid, Estocolmo, Barcelona, Viena, Nova Iorque,
Washington, Vancouver, Montreal, São Paulo, Havai e até Havana são alguns dos destinos
disponíveis neste novo modelo.
Numa fase inicial, os bilhetes
só poderão ser comprados através de agências de viagens tanto para a futura parceria
com a Beijing Capital Airlines, como para a actual com a Air China. No caso do
acordo com a Air China, será possível comprar o bilhete “online” no último
trimestre do ano.
No voo entre a China e
Portugal, a Beijing Capital Airlines vai utilizar o modelo 330-200 da Airbus,
uma das maiores aeronaves comerciais de passageiros da construtora europeia,
com capacidade para 475 passageiros. Pedro
Santos – Macau in “Jornal Tribuna de Macau” com “Lusa”
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