Respeito
e dignidade, orgulho e honra em são estes os valores que nós nunca
abandonaremos na Casamansa.
Em 12 de Maio de 1886,
Portugal reconheceu explicitamente e com amargura a derrota na Casamansa com
estas duas palavras: Invicta Félix.
Os casamanceses manifestaram-se
durante a visita de Pinet Laprade em Março de 1914 ao realizar pela primeira
vez uma marcha no centro de Ziguinchor contra a França e pela independência da
Casamansa.
Em dezembro de 1982 e 1983, os
patriotas valorosos, filhos do povo, mobilizaram-se voluntariamente e pegaram na
bandeira branca, símbolo da paz, para a içar no alto do mastro do edifício do
governador de Ziguinchor, debaixo de fogo das armas das forças ocupantes
senegalesas.
Estes acontecimentos recordam-nos
do dever que temos de prestar a homenagem que merecem às mulheres e homens que contribuíram
para o fracasso dos planos de desestabilização do nosso país, que os colonos
europeus e africanos tentaram implementar.
Neste combate contra a hydra colonialista no firmamento da
violência senegalesa, as mulheres e os homens da Casamansa organizaram-se e
contribuíram de forma decisiva para neutralizar e derrotar os planos
monstruosos para a aniquilação total pelos governantes do Senegal.
Cada momento que passamos hoje
em paz, cada movimento em Casamansa, quase todas as nossas ações no nosso
quotidiano ou dos nossos projetos futuros, o devemos aos nossos pais e às
nossas mães, aqueles que legaram as suas vidas. Contam-se por milhares. Aqueles
que sobreviveram, muitos deles feridos e com enfermidades que os deixaram
inválidos e inaptos para o trabalho, estão sempre orgulhosos de poderem
combater pela paz e pela liberdade.
Eles mantiveram os mesmos
valores e serviram de exemplo para os jovens que os seguiram na luta pela
independência. Fizeram grandes sacrifícios para este compromisso corajoso.
Respeito e dignidade, orgulho
e honra em são estes os valores que nós nunca abandonaremos na Casamansa. Emile Tendeng - Casamansa
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