O presidente da União de
Exportadores da CPLP, Mário Costa, afirmou que esta organização está a ajudar a
construir projetos estratégicos nestes países, dando como exemplo a
Guiné-Bissau onde vai ser promovida a certificação da castanha de caju.
Mário Costa explicou, no
último dia do Fórum da União de Exportadores da CPLP (Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa), que apesar de este produto ser muito exportado contribui
“com pouco emprego e pouca riqueza para o país porque não tem certificado de
qualidade”.
Segundo o mesmo responsável,
“poucas empresas consomem o produto diretamente da Guiné-Bissau”, já que sem
certificação de qualidade “é muito difícil ser aceite nos mercados
internacionais”.
A castanha de caju produzida
pela Guiné-Bissau é importada sobretudo por empresas indianas, que compram o
produto a baixo preço, certificam-no e distribuem-no posteriormente,
acrescentando-lhe valor.
A União de Exportadores
ofereceu ao Governo da Guiné-Bissau um laboratório de certificação, que “vai
ajudar a organizar um setor de atividade bastante importante” para este país
africano, salientou Mário Costa, adiantando que contactou com importadores e
distribuidores de castanha de caju que asseguraram a compra da totalidade do
produto produzido na Guiné- Bissau.
Mário Costa revelou que
também São Tomé e Príncipe vai poder contar com um laboratório de certificação
de produtos, bem como uma incubadora de empresas para formar jovens
agricultores são-tomenses.
A agricultura, adiantou, foi
identificada como um dos setores estratégicos para este país, a par do turismo
e das pescas.
“O governo [de São Tomé e
Príncipe] já tomou consciência de que tem de diversificar a economia para não
acontecer aquilo que está a acontecer em Angola”, sublinhou Mário Costa, alertando
para a dependência do petróleo e do gás. In
“Oje” - Portugal
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