Telemóveis
dobráveis e transparentes, aviões mais leves, melhores retinas artificiais...
Tudo e muito mais pode tornar-se realidade muito em breve graças ao grafeno.
Eurodeputados e especialistas debateram os potenciais do material esta
terça-feira, 2 de junho de 2015, em Bruxelas. “A ciência é a parte mais fácil.
Para desenvolver a tecnologia, temos que saber que tipo de produtos são
necessários e esta informação deve vir da indústria”, afirmou o Prémio Nobel da
Física Konstantin Novoselov.
O que é o grafeno?
O grafeno é um material
composto por uma única camada de átomos de carbono reunidos numa estrutura
hexagonal. É o material mais fino alguma vez obtido (um milhão de vezes mais
fino que o cabelo humano) e também o mais forte conhecido (duzentas vezes mais
forte que o aço). É leve e flexível e um excelente condutor de eletricidade.
Empilhado em camadas forma a grafite.
Em 2004 Andre Geim e
Konstantin Novoselov desenvolveram um método simples para separar isolar o
grafeno da grafite, método que lhes valeu o Prémio Nobel da Física seis anos
mais tarde.
A União Europeia vai
investir mil milhões de euros no desenvolvimento de tecnologias baseadas no
grafeno nos próximos 10 anos, através do projeto Graphene Flagship, parte do
programa Horizonte 2020. O objetivo é levar o grafeno dos laboratórios à
sociedade.
Durante o seminário
organizado pela unidade da Avaliação das Opções Científicas e Tecnológicas
(STOA) os eurodeputados debateram as potenciais utilizações do grafeno com
especialistas de vários setores, da energia à saúde e o seu impacto na economia
e sociedade europeias.
“Precisamos de mais
iniciativas como o programa de grafeno na área das ciências aplicadas e em
cooperação com a indústria”, afirmou Jerzy Buzek, eurodeputado polaco do PPE e
presidente da Comissão da Indústria, Investigação e Energia.
Para Novoselov presente no
seminário “o resultado mais importante seria que a Europa mantivesse o
investimento na inovação e produção. No final da próxima década (do programa),
teremos que obter um novo grafeno – o próximo material maravilha.”
"A Idade da Pedra, do
Bronze e do Ferro ficaram definidas pelos materiais que permitiram novas
tecnologias. Podemos estar a entrar na Idade do Grafeno", afirmou Eva
Kaili, eurodeputada grega do S&D e primeira vice-presidente da STOA no
final da sessão. Comissão Europeia
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